segunda-feira, 30 de maio de 2011

ALMAS-PROBLEMA


        A pessoa-problema que renteia contigo, no processo evolutivo, não te é desconhecida...
        O filhinho-dificuldade que te exige doação integral, não se encontra ao teu lado por primeira vez.
        O ancião-renitente que te parece um  pesadelo contínuo, exaurindo-te as forças, não é encontro fortuito na tua marcha...
        O familiar de qualquer vinculação que te constitui provação, não é resultado do acaso que te leva a desfrutar da convivência dolorosa.
        Todos eles provêm do teu passado espiritual.
        Eles caíram, sim, e ainda se ressentem do tombo moral, estando, hoje, a resgatar injunção penosa. Mas tu também.
        Quando alguém cai, sempre há fatores preponderantes e outros predisponentes, que induzem e levam ao abismo.
        Normalmente, oculto, o causador do infortúnio permanece desconhecido do mundo. Não, porém, da consciência, nem das Soberanas Leis.
        Renascem em circunstâncias e tempos diferentes, todavia, volvem a encontrar-se, seja na consanguinidade, através da parentela corporal, ou mediante a espiritual, na grande família humana, tornando o caminho das reparações e compensações indispensáveis.
*
        Não te rebeles contra o impositivo da dor, seja como se te apresente.
        Aqui, é o companheiro que se transforma em áspero adversário; ali, é o filhinho rebelde, ora portador de enfermidade desgastante; acolá, é o familiar vitimado pela arteriosclerose tormentosa; mais adiante, é alguém dominado pela loucura, e que chegam à economia da tua vida depauperando os teus cofres de recursos múltiplos.
        Surgem momentos em que desejas que eles partam da Terra, a fim de que repouses...
        Horas soam em que um sentimentos de surda animosidade contra eles te cicia o anelo de ver-te libertado...
        Ledo engano!
        Só há liberdade real, quando se resgata o débito.
        Distância física não constitui impedimento psíquico.
        Ausência material não expressa impossibilidade de intercâmbio.
        O Espírito é a vida, e enquanto o amor não lene as dores e não lima as arestas das dificuldades, o problema prossegue inalterado.
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        Arrima-te ao amor e sofre com paciência.
        Suporta a alma-problema que se junge a ti e não depereças nos ideais de amparar e prosseguir.
        Ama, socorrendo.
        Dia nascerá, luminoso, em que, superadas as sombras que impedem a clara visão da vida, compreenderás a grandeza do teu gesto e a felicidade da tua afeição a todos.
        O problema toma a dimensão que lhe proporcionas.
        Mas o amor, que “cobre a multidão dos pecados” voltado para o bem, resolve todos os problemas e dificuldades, fazendo que vibre, duradoura, a paz por que te afadigas.
(De “Alerta”, de Divaldo P. Franco, pelo espírito Joanna de Ângelis)