segunda-feira, 30 de agosto de 2010

PATOGENIA PERISPIRITUAL

O Perispírito e suas modelaçõesEd. EME – Luiz Gonazaga Pinto
Mas se há males nesta vida, de que o homem é a própria causa, há também outros que, pelo menos em aparência, são estranhos à sua vontade e parecem golpeá-lo por fatalidade. As­sim, por exemplo, a perda de entes queridos e dos que sustentam a família. Assim também os acidentes que nenhuma previdência pode evitar; os reveses da fortuna, que frustram todas as medidas de prudência; os flagelos naturais; e ainda as doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformi­dades, a idiotia, a imbecilidade, etc. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec- (cap. V - item 6). No presente estágio acadêmico terrestre, podemos generalizar a medicina como carente de enfermagem. Tomando como base para seus conceitos pato genéticos o microbismo e as pesquisas laboratoriais, o que, a bem da verdade, fornecem subsídios para um diagnóstico, nele se fecham impondo-lhes a gênese de todo o mal, quando a atitude correta seria buscar a causa profunda, a que se esconde além da matéria transitória. A instalação da doença no corpo físico deve-se à vulnerabilidade perispiritual do indivíduo como causa primária, o que possibilita a instalação virótica ou bacteriológica como variável secundária. Como curar o homem, cujo físico ressente-­se do acúmulo de substâncias tóxicas, que, atingindo um limite insuportável, reage com a desarmonia, que é a doença, grito de alerta em última instância? Não são os vírus que determinam as doenças. Existem pessoas portadoras de vírus de doenças graves, que nunca se manifestam em pústulas no corpo. Não são as bactérias. Muitas pessoas ao contato com elas adquirem imunidades, observando­-se o efeito oposto ao esperado, substituindo a virulência pela resistência. O que faculta a instalação definitiva da doença é a queda do tônus vital no organismo ou em um órgão em particular. E a gênese da patogenia é quase sempre o perispírito, pelo adensamento fluídico pernicioso a que se condena o Espírito pelo seu desregramento. Vírus e bactérias são fatores concorrentes; o afastamento das leis divinas constituem os fatores determinantes. O perispírito do homem animalizado, cujo teor dos pensamentos se caracteriza pelo egoísmo, ódio, sensualidade e similares, torna-se impregnado de fluidos densos, cuja fuligem tóxica, aderente e nociva, superpõe-se em camadas, a exigir drenagem para clarificar-se. Quando esse fluido "petrificado" através dos séculos é atraído pelo magnetismo natural do corpo físico, que funciona qual esponja absorvente ou redutor de densidade, afeta o tônus vital da célula, trazendo como conseqüência imediata a redução nas funções de captação do fluido vital, do teor de oxigênio, forçando-a a sobrecarga de carbono, com efeito lesivo para o seu núcleo. Sobressai-­se o processo cancerígeno, no ponto mais frágil ou vulnerável do organismo. Movidas pelo instinto de conservação, essas células deficitárias multiplicam-se desarmoniosamente, na ânsia de reter o oxigênio escasso. Obedecem à mesma lei da multiplicação de hemácias, quando o indivíduo passa a habitar grandes altitudes, onde o oxigênio é deficiente. Viver é preciso! Essas células invadem o organismo instalando o caos orgânico, mas também liberando do perispírito o "piche", produto mórbido das más paixões. Exasperam-se os cientistas nas prováveis explicações para esse quadro. Vasculham, das radiações ionizantes até as alterações enzimáticas, que atuam contrariamente à economia celular. Mas, a terapia acadêmica surte efeito apenas nos casos onde a toxidez perispiritual se esgotava, sendo os demais casos solapados pela morte ceifadora. A depender da resignação do Espírito, que por sua vez reflete perispiritualmente as suas novas e melhores condições, se as conquistou, segue-se a modelagem com o seu auxílio mental, ou sem ele, ocasião em que os técnicos, empregando a divina terapia da reconstrução de órgãos, procuram auxiliá-lo no difícil recomeço da paz orgânica. Que se adentre na pesquisa a Medicina, mas, observando o homem em sua plenitude, como ser imortal, enquadrado no pensamento evangélico que prescreve as boas obras como fatores determinantes para a saúde do Espírito. Esse determinismo é flexível em alguns pontos, pois ajusta-se à vontade do Espírito, de vez que ele, reconhecendo-se devedor, pode a qualquer instante do hoje iniciar o resgate da dívida, desobstruindo o futuro da parcela de determinismo que o aguarda. A doença, pois, não é um castigo de Deus, que não chegaria à mesquinhez de anotar crimes para depois puni-los com a desgraça. Ventura ou sofrimento são criados por nós e para nós, sendo outras variáveis filosóficas a respeito do destino humano meramente especulativas e vazias de bom senso. Busque-se, pois a patogenia onde ela se encontra, ou seja no perispírito, lá impressa pelos desmandos do Espírito. Difunda-se a profilaxia onde ela é mais eficiente; no pensar e no agir de cada um. Instale-se a terapia, obedecendo à triplicidade do homem, Espírito-perispírito-corpo físico, para que o reinado dos paliativos não se perpetue sobre a Terra. Lembremos nossos antepassados, quando afirmavam que um corpo são é produto de uma mente sã; e Jesus aconselhando ao doente curado: "Vai e não peques mais, para que não te aconteça algo pior." Com esse conselho, Jesus demonstrou a teoria comprovada em nossa pele, que a doença é apenas a prática do pecado (erros) cometido por nós, contra nós ou nossos semelhantes. Em razão do exposto, concluímos isto: Nas ruas, entre outras variáveis de desequilíbrios, podemos observar o mendigo que nos estende as mãos, que poderá ter sido o avarento; o deficiente mental, o ex-­viciado em drogas; o canceroso, o ex-suicida; os oligofrênicos, as inteligências pervertidas; o cardiopata, aquele que perfurou o coração do seu litigiante, etc ... Não nos preocupemos em rebuscar-lhes as lembranças, nem colocar-lhes ácidos nas chagas do refazimento. É o cumprimento da lei que se opera, o que não nos impede de oferecer-lhes o medicamento do trabalho e da oração, na certeza que Jesus, o médico divino, vela por todos nós, enfermos. Para o estudo das doenças em nível perispiritual, os Espíritos vieram ao encontro dos nossos anseios, resultando nos apontamentos adiante relacionados: Primeira visita "Observo um Espírito que ingressou no recinto agora, e que se dirige em minha direção. Ele tem um roupão branco e é um pouco calvo, aparentando talvez 50 anos. Ele pede que eu fique de frente para o meu corpo, pois dele eu saí de costas. Estou me vendo de frente. Minha roupa não é idêntica à do meu corpo. Uso o mesmo roupão que ele. Do umbigo vejo sair um cordão bem fino. - Se você tocar nele, sente a repercussão no físico? - Nosso amigo está pedindo exatamente que eu faça isso (tremor no médium). Voltei, logo que toquei o fio. Não estou mais desdobrada. Voltei independente da minha vontade, assim que o toquei. Novamente saí do corpo. O fio não é uma coisa compacta; parece formado por delicadíssimos filetes prateados. O instrutor está pegando em minha mão. Encontro-me a uns 20 centímetros afastada do corpo. Observo que estacionado aqui existe um veículo. - Que aparência tem esse veículo? - É como uma Kombi. Apresenta o seu tamanho, mas não tem pneus. Ele me adverte que devo entrar no veículo para uma visita a uma Colônia, onde se processam os mapas genéticos para os Espíritos que precisam encarnar. O carro não tem portas fechadas; as janelas são abertas à semelhança dos helicópteros. Ele está estacionado à altura da escada. - Você já se encontra no veículo? - Sim. Mas ele afirma que precisamos descer, pois já chegamos. (Não acredito!) Segundo ele, nos deslocamos em fração de segundos. Eu entrei no carro e num piscar de olhos cheguei aqui. Que coisa mais louca! - Você já se encontra na Colônia? - Estou em lugar verdejante. O carro está a meio metro do chão. O instrutor está me explicando que, para eles, a contagem do tempo é diferente. Não se processa como nós o aferimos. A rapidez foi tão grande, que não pude perceber nenhum detalhe da viagem. Posso afirmar, e ele confirma, que viajamos rápido como o pensamento. - Que tipo de energia move esse veículo? - Eu o estou observando agora. É semelhante àqueles botes que flutuam na água, deslizando sem o auxílio de pneus, remos ou hélices. A energia que o impulsiona é retirada do sol e armazenada; mas existe também um componente mental atuante que o direciona. Agora o carro se desloca. Engraçado é que neste instante não existe nenhum guiador dentro dele. Sai sozinho, como se fosse orientado por controle remoto. Vamos deixar as perguntas sobre o veículo para depois. Averigüemos o objetivo da viagem. - Estou entrando em uma casa, cuja arquitetura é antiga, à maneira colonial. Existem nela grandes colunas de mármore branco. O instrutor diz que tenho permissão para narrar tudo que vejo. Existem nesta casa amplos salões ocupados por mesas e pranchetas de desenho. Nestas, vejo mecanismos de regulação de espaços, bem como instrumentos para traçar retas, curvas, elipses, parábolas ... O material de desenho é farto. Muitos Espíritos se empenham em desenhos anatômicos. São jovens estudantes, senhores, mulheres. Interessante! As mulheres desenham órgãos como o coração, útero, ovários e órgãos reprodutores femininos. Quando elas passam o pincel, o risco parece da cor da carne, com veias e capilares, como se houvesse no papel a imagem mental do desenhista. É uma imagem já em definitivo, que quase não exige retoques. Alguns estão desenhando a musculatura. Vejo músculos cujos nomes me são passados: bíceps, tríceps, trapézio, costureiro, deltóide... Observo a musculatura da perna. Um dos desenhistas faz referências sobre o ligamento rotuliano e o tibial anterior. O desenho apresenta a musculatura com visão anterior e posterior. Ele é perfeitíssimo. São feixes de fibras que se entrecruzam e que se sobrepõem, encobertos por uma película, aponeurose, diz ele. Em outras pranchetas, os desenhos da estrutura óssea. Cada desenhista se detém em determinada parte do corpo. Neste setor da sala onde me encontro, são desenhados órgãos, músculos e ossos. Estamos indo para uma outra sala. Estou vendo um senhor idoso, que está desenhando um fígado. Neste, ele acrescenta certas fissuras. Pergunto-­lhe a razão dos cortes observados, e ele responde ser aquele órgão uma peça do mapa genético, desenhado para um reencarnante que foi alcoólatra inveterado. Será a conseqüência que ele irá sofrer, por haver danificado a sua matriz perispiritual, adentrando o mundo dos Espíritos como suicida involuntário. Estes caracteres que tracei nesta glândula, explica... representam um câncer que deverá surgir no corpo denso, que terá nessa víscera o seu ponto vulnerável, sendo inútil a tentativa de transplante neste caso. Dirijo-me para outra sala, que é separada da anterior por uma divisória de "vidro". Meu traje é uma bata lilás bem clara. O amigo do veículo continua comigo. Ele é um professor. Traz aquela varinha na mão para apontar no mapa os detalhes que devo passar para você. Agora ele cumprimenta um outro senhor. Este diz que é um de seus amigos, que participou com você de alguns estudos em universidade na Alemanha e que continua em contato através de estudos nunca interrompidos desde então. Ele está recolhendo todos os desenhos feitos na sala onde passei e os coloca sobre uma grande prancheta. Um dos desenhistas está fazendo a junção de todas as peças desenhadas, enfatizando os problemas futuros a elas relacionadas, ou seja, vigor ou deficiência, na futura encarnação. Todas as peças desenhadas vão para o corpo do companheiro suicida involuntário, cujo fígado observei. O coração possui a dimensão maior do que o órgão de uma pessoa normal. Os pulmões vão apresentar deficiências pelo vício do fumo. Ele nos diz que muitos órgãos vão estar comprometidos na futura encarnação, devido aos vícios e excessos do companheiro que os portará. Interessante é que esse seu amigo junta o papel, com os desenhos anatômicos dos músculos, ao papel onde está a estrutura óssea; e é como se houvesse um acoplamento. Fica como aquele papel manteiga, onde você consegue distinguir o outro lado. O encaixe é perfeito; um é o complemento do outro. Vejo quando ele coloca o coração parecendo aderir ao mediastino. Estão formando o mapa genético. Todo o corpo humano aparece nos mínimos detalhes. Esse irmão, cujo mapa lhe retrata as condições futuras, quando completar aproximadamente 45 anos, apresentará um problema no fígado, que deverá generalizar­-se em um câncer, espalhando-se por todo o organismo. Mostram-me agora um outro mapa, destinado à mesma pessoa. Este apresenta o corpo após a instalação da doença. O fígado é como uma geléia. O coração totalmente arroxeado; os pulmões dilacerados; o estômago se diluindo e os rins com imensa dificuldade de filtrar o sangue. Todo o sistema orgânico e glandular estão danificados. Assim serão as condições futuras do encarnante, conclui o instrutor. - Todas essas informações vão ser incorporadas ao perispírito dele e, quando chegar o tempo, vão rebentar? - É isso mesmo! A diferença entre os dois mapas é muito grande e notória. As informações serão esquematizadas para que, em época devida, se concretizem com detalhes e minúcias planejadas, mas, em verdade, já se encontravam registradas no perispírito sob a forma de fluido nocivo a exigir drenagem, o que se fará através do corpo físico. Seguimos para uma outra sala. São salas contíguas que se interligam por portas e "vidros" divisórios. Já não estou mais de bata lilás. Esse troca-troca de roupa por aqui me deixa intrigada. A vestimenta agora tem a cor verde bem terno, quase branco. O instrutor sorriu da minha observação sobre a roupa e está me explicando que ela obedece ao fluido predominante no ambiente. Esta sala é mais ampla que as demais. No canto, sob a forma de uma câmara de vidro, observo o irmão que se candidata ao reencarne. Esta câmara, leva o perispírito a recolher-se, a diminuir. Ao lado, mas no interior da câmara estão pregados os dois mapas em tamanho natural, em todas as formas e cores. São os mesmos mapas que observei. É como se fossem figuras em raios-X, colocadas em contraste para observação. O Espírito que está dentro da câmara parece ter que assimilar aqueles desenhos. A impressão que eu tenho é que ele terá que guardar em si os desenhos mesmo contra a sua vontade. Seu perispírito vai reduzir-se com todas as informações mapeadas e arquivadas em sua tessitura. Tudo que foi desenhado será considerado como informação concreta para o novo corpo. Ao ser ligado o perispírito com o óvulo fecundado, o corpo, que deverá formar­-se, o fará obedecendo a tudo que foi programado. Reafirma que a matriz perispiritual se reduz, obedecendo rigidamente aos desenhos da parede. O professor fala que vamos assistir em frações de minutos ao que ocorrerá com o corpo perispiritual desse irmão, após haver assimilado o conteúdo dos mapas. Vejo, como em um desenho animado acelerado, seus órgãos mudando de forma e ajustando-se aos detalhes do desenho. Esse irmão ainda não passou pela redução perispiritual. Encontra-se na fase de assimilação das futuras formas. Breve, quando o óvulo amadurecer e for fecundado, ele estará pronto para ser acoplado ao útero daquela que lhe será mãe na Terra. Pode ocorrer - mas não é comum - que o Espírito rejeite as novas formas para ele desenhadas. Sabe que as merece, mas não possui a força moral de aceitá-las; interferindo mentalmente, ele, através da rejeição ao novo corpo, pode provocar um aborto natural. Nesse caso, o aborto surge porque o Espírito, não perdendo totalmente a consciência para o reencarne, promove o rompimento dos laços que o prendem à mãe, aumentando o seu débito para com as leis da vida. Essa vigilância da sua consciência, embora um pouco entorpecida, prende-se ao fato de não aceitar a nova fôrma material, tomando-se de expectativa, onde a mente não apaziguada (embora de perispírito reduzido pela câmara) consegue atuar no sentido de rejeitar a situação. Para evitar tais processos de fuga, os Espíritos se vêem forçados a submetê-las, quando reincidentes, às encarnações compulsórias, onde a influência mental do encarnante é neutralizada, mergulhando ele na carne para enfrentar o devido resgate. - Por que, no lugar de tentar um aborto posteriormente, o Espírito não se recusa a "absorver" esses mapas que estão na câmara? - Mas isso não depende dele. Ao entrar na câmara, essa assimilação se faz à sua revelia, não podendo ou não tendo meios de se livrar da situação. Repete o instrutor que isso independe da vontade de quem vai encarnar, pois os técnicos que estão no comando é que possuem as rédeas do processo. A assimilação do corpo saudável se faz necessária, porque ele precisa ter uma vida equilibrada, com saúde, para depois, mais tarde, manifestar a gama de anomalias ou deformidades orgânicas que lhe estão destinadas. Se houvesse apenas a infiltração do corpo doente, ele já nasceria com as citadas patologias, previstas para anos após o nascimento, e não cumpriria a existência necessária em suas peculiaridades. São casos onde o Espírito necessita de um tempo de vida saudável para cumprir determinadas tarefas a seu favor e de outros Espíritos a quem deve. Por outro lado, se houvesse apenas a infiltração do desenho do corpo sadio, ele não resgataria o seu carma. - Gostaria de saber como os técnicos fazem essas deformidades ou deficiências aparecerem, mais ou menos naquela faixa de idade, como nesse companheiro aos 45 anos. - Ele explica que a natureza se encarregará disso. Por exemplo. Esse Espírito um dia poderá tomar um remédio com data de validade vencida e ter uma hepatite, daí desencadear o processo cancerígeno. Pode reincidir e tomar alguns goles ... No mais, sua constituição genética será preparada para apresentar essas tendências, como uma bomba-relógio a explodir mediante o gatilho preparado em seu perispírito. Complementa dizendo que o espermatozóide que lhe proporcionará a carga genética será atraído magneticamente pelas suas condições vibratórias de "devedor", não lhe sendo possível escapar a esse destino. Estamos falando de determinismo, não? Nesse caso específico sim. Embora cada caso exija suas especificidades, débito é débito e precisa ser ressarcido." Segunda visita "Já estou desdobrada e noto que a sala aumentou muito em suas dimensões. Tem agora oito a dez vezes o seu tamanho. Encontro-me no início da sala, próximo à porta de entrada. No meio, onde está à mesa junto à qual meu corpo físico está sentado, existe uma espécie de iluminação, algo como uma flor ou uma estrela, com muitas lâmpadas, colada no teto. Esses refletores irradiam a luminosidade por toda a sala. O restante das cadeiras estão arrumadas como em um auditório. Na primeira fila, estão quatro entidades, sendo que três delas são conhecidas. Elas me convidam para juntar-me ao grupo, o que aceito. Estão me advertindo para manter atenção máxima em uma tela muito branca, situada na parede à nossa frente. A tela está em penumbra, pois a luz do refletor não a atinge com intensidade. Ali vai passar um filme e eu tenho a missão de transmitir em detalhes para você tudo a que assistir. Mas o interessante é que o filme irá parar quando você apresentar alguma dúvida ou indagação sobre o que estiver sendo exposto. O instrutor diz que você pode sentir-se à vontade para qualquer pergunta. Nós vamos tomar conhecimento desse filme, como se o evento estivesse ocorrendo neste momento, e não como um acontecimento já transcorrido. Ele pede atenção para os detalhes. São coisas simples e não vão exigir estudo aprofundado para o entendimento. A primeira cena é de uma sala de hospital. Vejo dois leitos. Em um deles está um rapaz que conheci através das nossas visitas ao leprosário. Seu corpo ainda encontra-­se bastante ulcerado pela hanseníase. No outro leito, um paciente com o abdome muito alto, com poucos cabelos, devido ao tratamento a que foi submetido, cujo objetivo era impedir o avanço implacável de um câncer que o devorava, o câncer era no esôfago; ele aparenta sentir ainda muitas dores, o instrutor faz uma pausa na fita para explicar o que vem a seguir. O que se segue é o desencarne dos dois rapazes. Vejo duas equipes espirituais que se dirigem para os leitos. No primeiro caso, o corpo perispiritual enfermo, pairando acima do corpo físico, a uma distância muito pequena. O perispírito aparece amarrado por muitos liames, como se fossem fitas presas aos chacras. Eles vão começar pelo hanseniano. Quatro técnicos iniciam a aplicação de passes enquanto um outro ajuda no desenlace das fitas; ainda um outro procede anotações sobre uma ficha. - Esse desenlace é feito rompendo as fitas? - Não, elas não são quebradas. São apenas desligadas. Isso é feito com o auxílio dos passes. Todos eles emitem, através de suas mentes, fluidos para esse desenlace. Nenhum dos passistas toca os plexos. Apenas o companheiro, que auxilia no desenlace, faz movimentos em cada plexo, o que acarreta o desligamento dessas fitas. Estas vão se abrindo como um laço que se desfaz. O desligamento teve início de baixo para cima, ou seja, inicialmente nas pernas. O rapaz que está anotando fica em posição que me permite ver o que está escrevendo. Vou passar os dados para você. Em cima está escrito: Pedro da Silva Cavalcante, 38 anos. Nascido aos 18 do mês de fevereiro. Deveria passar pela hanseníase como resgate de uma vida de muitos abusos. Mais embaixo, ele coloca assim: processo pelo qual a doença se instalou: ao nascer, o indivíduo já trouxe consigo o germe da doença. Aos 20 anos a doença aflorou após 12 anos de incubação; contágio: leve contato com alguém portador. Agora ele escreve: operação a ser efetuada após o desencarne. - Um instante. Essa ficha que você está observando é elaborada para todos os desencarnantes? - Não. Só para aqueles indivíduos que necessitam de restauração de órgãos. Nas mortes naturais ela não é necessária. Voltemos ao desencarne. Por último ele deixou o plexo cardíaco, a região do coração. Estavam aguardando que eu terminasse de ler a ficha para você. Ao desligar esse último plexo, todas as feridas, manchas, chagas, estão muito evidentes no perispírito, que é colocado sobre uma maca. O perispírito agora está em observação, para que seja determinado o tipo de tratamento pelo qual passará. Voltamos para o rapaz das anotações. Existem duas pessoas a mais na cena do filme. São médicos, técnicos em cirurgias dos casos em estudo. - Esse hanseniano vai levar muito tempo para ficar curado? - Não. Ele responde que é só o tempo necessário para que ele recobre os sentidos e queira participar do seu restabelecimento. A cirurgia, voltando à observação da ficha, será: recomposição de células danificadas pela doença e eliminação de fluidos ligados à sua problemática. Claro que ele tem que ajudar com a sua conscientização e boa vontade. - Como será feita essa eliminação de fluidos? - Através de passes dispersivos e aparelhagem específica, espécie de sugadores. Já passamos ao caso seguinte, o do moço que teve como causa de morte o câncer no esôfago. Observando-o, vejo que ele padece de grande falta de ar. Do lado de sua maca encontra-se um aparelho cuja função é auxiliar a sua respiração, levando oxigênio a seus pulmões. Enfermeiros ministram passes e noto, saindo de suas mãos, gotas que são absorvidas pelos poros do paciente. Tal como no caso anterior, aqui também tem alguém fazendo anotações em uma ficha. Se você deseja, eu posso narrar o nome e os detalhes ligados a este caso. - Se houver tempo e condições, sim. - José Belarmino de Sousa. - Idade: 36 anos. - Naturalidade: Petrolina - Pernambuco - Trouxe no perispírito os fluidos densos da doença devido ao problema cármico. Em encarnação passada envenenou-se por ingestão de ácido, infeliz e sofrido evento que resultou em avarias e danos em todo o tubo digestivo. Ao encarnar, trouxe uma deficiência nesse aparelho, caracterizada como um estreitamento do esôfago, que com o passar do tempo, imprimiu-lhe a dificuldade de engolir. Aos 21 anos, ele teve uma espécie de engasgo com uma espinha de peixe, ferindo-lhe o esôfago. Esse fato fez com que aquela área ficasse propícia ao ataque da moléstia. Falo com o técnico que anota. Ele me diz: parece uma coisa boba, mas é a lei. O desenlace nesse caso é mais doloroso por causa da falta de ar. Quando o último plexo fica ligado, o cardíaco, ele se mostra mais agitado, gesticula bastante, diferindo do outro que foi mais calmo. Segue-se a aplicação de passes e ele dorme. Acima dele, o perispírito é retirado para ser colocado em uma maca. Observo o seu esôfago. Desde a região da glote até a traquéia, chegando ao estômago, os tecidos encontram-­se escurecidos e necrosados. A cirurgia pela qual ele passará será semelhante caso anterior. Vão eliminar tudo aquilo que possa estar na mente dele repercutindo ­prejudicialmente em seu perispírito dificultando o restabelecimento. Será necessário dispersar, como no caso anterior, aquele mesmo fluido, ao qual me reportei, e repor células danificadas. - Será uma substituição de células? - Sim. Não será uma regeneração de tecidos, e sim uma reposição." Terceira visita "Saí! O instrutor afirma que iremos estudar dois casos de muita significação em nossa pesquisa. Veremos crianças xifópagas e o caso de uma criança que irá nascer sem o cérebro. Esse assunto foi escolhido para hoje (nascimento da criança sem o cérebro) devido ao acontecimento ocorrer dentro de alguns minutos em um hospital próximo, onde uma equipe de técnicos do nosso lado (desencarnados) já se encontra a postos para o estudo. Apressemo-nos, diz ele, pois a criança terá apenas alguns minutos de vida e logo desencarnará. Conosco estão seis outros aprendizes, que se dizem estudantes como nós. Três deles são mulheres, estudantes de Medicina que pediram para assistir à nossa reunião e indiretamente aos casos narrados, ora em desdobramento. O técnico que nos assiste já foi médico ginecologista e fala que ocorrem nascimentos de crianças sem a coluna vertebral e com outras malformações tão graves quanto esta. Primeiro assistiremos ao nascimento; depois examinaremos o perispírito da criança. Já chegamos à "Maternidade Assis Chateaubriand" e estamos indo direto para a enfermaria, onde várias mulheres gestantes esperam seus bebês. É uma enfermaria coletiva. Vejo uma jovem de aproximadamente 27 anos que está para dar à luz a criança que viemos observar. Ela não sabe ainda, pois é de procedência muito pobre e não teve condições de fazer o pré-natal. Estamos acompanhando a jovem na maca. Ela já se encontra em posição de ter o bebê, pois foi trazida, quase na hora de parir, para a sala de cirurgia. Observamos um médico e uma enfermeira, encarnados, e o nosso instrutor, tecendo comentários a um dos alunos que nos acompanhou. Vejo que a bolsa já se rompeu e o bebê começa a nascer. A cabeça dele está saindo agora. Mas ela não é compacta, não possui a rigidez, a solidez das outras... você me entende? É como tênue cartilagem guardando uma porção gelatinosa. Vejo os olhos, o nariz, a boca, mas não tem os ossos cranianos fortes. É uma cartilagem meio transparente. - Como ele sobreviveu dentro do útero? - Era necessário que esse Espírito passasse nove meses de gestação vivendo o clima carnal. Os técnicos utilizaram para com ele de recursos magnéticos e fluídicos retirados da mãe e deles próprios, que estavam auxiliando no processo reencarnatório, para mantê-lo vivo. Percebo que o coração dele bate, mas nossos amigos afirmam que ele não sobreviverá mais que quinze minutos. Mesmo nascendo sem cérebro a sua vida uterina foi valiosa, porque modelou uma cabeça. Os ossos cranianos foram plasmados de maneira frágil, e modelaram-se os olhos, o nariz, a boca... Houve a esculturação pela Natureza, auxiliada pelos bons Espíritos. Ele foi um suicida que esfacelou a cabeça quando atirou no ouvido, fragmentando o cérebro. Não foi possível a ele nem aos técnicos modelar o cérebro, tornando-se urgente o seu reencarne, o que ocorreu quase imediatamente após o seu suicídio. Todavia, havendo sido modelado um novo corpo, isso muito o ajudará no mundo dos Espíritos, porque ele se impregnou de fluidos vitais da mãe, bem como os da matéria densa onde esteve mergulhado. Isso o ajudou; tanto pelo esquecimento temporário do seu problema, quanto pela pressão da matéria orgânica, impulsionando seu perispírito a obedecer os padrões anatômicos peculiares à espécie. Houve um avanço em sua modelagem, que será aproveitada pelos técnicos para promoverem os reparos cerebrais em definitivo, à medida que ele for despertando. Estes modelarão determinada zona do cérebro - da visão, por exemplo - e ele se conscientizará de que pode ver. Depois, a parte relativa à audição, ao tato e assim por diante. Mas o paciente em si pouco participará da modelagem devido ao seu estado de alienação. Em se tratando de suicidas, alguns até podem ajudar bastante na modelagem de órgãos menos complexos. O cérebro, como tradutor da memória do Espírito, é de tamanha complexidade, que somente os técnicos detêm os conhecimentos específicos para uma modelagem bem sucedida. A ajuda dele, portanto será insignificante; podemos até dizer que será em nível inconsciente, à medida que suas lembranças comecem a aflorar. É uma ajuda indireta, não resultante do conhecimento do processo de modelação, mas, pelo desejo de voltar à vida. Podemos agora averiguar as crianças xifópagas. Observaremos sob a ótica espiritual, de vez que pelo lado físico são dois Espíritos distintos ligados por um único intestino, ou seja, mantendo-se vivos ligados um ao outro pelo tronco. Nós os percebemos agora. Essas duas crianças devem ter aproximadamente 3 ou 4 anos de idade. Apresentam o aspecto em que desencarnaram e ainda permanecem nessa faixa etária por vontade dos técnicos que promoveram a reencarnação. Foram Espíritos rivais nos últimos três séculos, onde conviveram em litígio por quatro encarnações, ocasião em que cometeram muitos abusos, não se suportando um ao outro. A Providência Divina então os colocou juntos, nutrindo-se por um mesmo organismo. - Deixe-me situar-me. Eles nasceram xifópagos. Posteriormente desencarnaram aos 4 anos e continuaram na mesma condição e na mesma idade por imperativo dos fiadores da reencarnação pela qual passaram, a fim de evitar um despertar das lembranças com conseqüente reinício do litígio? - Sim. É necessário que continuem juntos. Se um deles despertar, será pior. Encontram-se com suas memórias adormecidas. Observo que só existe um par de pernas. A outra criança sai do tronco da primeira. É como um Y. Mas vejo, no Espírito que sai do tronco, as outras pernas, como sombras que ele não nota. - É como nos casos dos amputados, onde se nota a presença de uma fôrma? - Sim. Mas ele não percebe. Pergunto ao instrutor como é o perispírito dessas duas crianças. São dois perispíritos? - É tal qual um enxerto em vegetais. É como se um deles tivesse sido amputado pelas pernas e sido acoplado no tronco do outro. Ambos são alimentados por um mesmo estômago. - Para encarnar, como procedem os técnicos? Eles são reduzidos ambos ao mesmo tempo, ficando perispírito interpenetrando perispírito, para nascer nesse formato? - É como eu falei. Uma acoplagem na fôrma perispiritual. Um deles não tem as pernas do perispírito, mas a sombra que diviso são as pernas do corpo mental. Na hora da redução perispiritual um deles estava amputado, existia apenas o tronco, que foi acoplado à altura do estômago do outro. No renascimento eles utilizaram um espermatozóide especial, escolhido antes da fecundação. Essa célula reprodutora escolhida fecundou o óvulo, que não se partiu totalmente para gerar gêmeos normais, iniciando a multiplicação celular que deu origem a dois seres imantados um ao outro. No caso dos gêmeos univitelinos essa separação ocorre totalmente, culminando em crianças separadas e do mesmo sexo. Eles vão continuar ligados por algum tempo, e depois os técnicos irão separá­-los através de cirurgia. Posteriormente reencarnarão como gêmeos idênticos. - Quando essa cirurgia for feita, claro que um deles deverá ficar com o estômago e os intestinos. E o outro? Sofrerá um transplante? Uma modelação? - Nesse caso, a cirurgia trará a mutilação para um deles. Os técnicos utilizarão o corpo mental do mutilado para plasmar os órgãos ausentes. É ainda a modelagem do perispírito tendo como base o corpo mental, a que você já está acostumado a discutir." Quarta visita "Estou desdobrada, mas é como se eu tivesse adormecido; quando acordei já estava neste local. (Essas coisas me deixam meio atordoada, sabe?) É um hospital muito grande; tal qual uma colônia. Parece existir de tudo que se utiliza em uma comunidade qualquer. Igreja. Centro Social, praças... Antes de entrar, vestimos uma roupa, espécie de capa contra a chuva, que cobre meu corpo até os pés. Na porta leio: "Centro Dermatológico." Penetramos numa ala à direita, onde vejo uma placa: "Hanseníase". Parecemos passear. O instrutor mostra tudo. Observo pacientes com grandes manchas na pele. Alguns com ferimentos profundos; outros já mutilados pela doença; muitos, adormecidos; outros, em aflição. Ele não me deixa demorar e já vai mostrando outra área. Nova placa surge: "Câncer Dermatológico". Interessante! Neste setor as pessoas são desfiguradas. Não possuem nenhum pêlo na cabeça. O corpo mais parece uma esponja vermelha. Ele aponta para outras alas, mas afirma que hoje irá mostrar uma das maneiras de restaurar células epiteliais danificadas por essa doença. Lembra que as causas dessa enfermidade todos nós conhecemos. Estão nas fichas cármicas e relacionam-se com hábitos e atitudes passadas. Vamos caminhando e atingimos o "Centro Cirúrgico", no que penetramos em seus aposentos. Não há nada aqui dentro que impeça a entrada de alguém. Indago sobre contágio e isolamento, e ele explica que geralmente adquirimos determinadas doenças quando estamos comprometidos através do carma, para passarmos por aquela prova. Caso contrário, é como se existisse uma imunidade natural da pessoa com relação a ela. Apesar do contato com a doença tornar algumas pessoas resistentes contra seus efeitos, nunca é demais tomar os cuidados necessários, por causa dos familiares ou circunstantes com os quais se convive. Profilaxia e assepsia nunca são cuidados demasiados no capítulo da Medicina material ou espiritual, enfatiza. Estamos observando um irmão na mesa cirúrgica. Os médicos colocam uma máscara em seu rosto, como se o anestésico agisse através do gás lá contido. Todavia, aplicam um líquido rosa na veia. O líquido vai fazer o papel de soro. - Que gás é esse existente na máscara, que anestesia e faz adormecer? - É um relaxante. Sua função é neutralizar qualquer sensação, deixando o paciente entorpecido. Passado o entorpecimento, após a cirurgia, ele volta ao normal. Isso ocorre quando não precisam de sua mente atenta, auxiliando na cirurgia. Como a restauração é apenas no tecido epitelial, esta é feita pela vontade dos técnicos, sendo que o paciente já foi advertido do efeito benéfico em sua pele, manifestando preliminarmente o desejo de recobrar o que perdeu, ou seja, a saúde. Quando ele acordar, atuará no sentido de manter as modificações impostas, com otimismo e a certeza de que ficará curado. Em alguns, os ferimentos são profundos, sem haver mutilações. Vejo o ferimento na perna de um senhor, onde aparece a tíbia. Os técnicos estão colocando uma espécie de gaze, parecida com algodão-doce, algo muito macio que, ao tocar o ferimento, parece diluir-se. Em seguida tomam um aparelho à semelhança de um spray, explicando conter dentro dele um líquido que auxilia na recomposição celular. Adicionada ao líquido, está a energia vitalizante, que é a mesma vital humana. Esse líquido exala um odor forte de remédio, mas não chega a ser desagradável. Após colocar a gaze e jatos de spray por cima, através de movimentos circulares, vejo a gaze se dissolver e aderir à ferida, como se passasse a fazer parte do tecido, recompondo-o. De imediato vai fechando, diminuindo o espaço onde se via o osso da perna. Não entenda como se o processo fosse qual mágica, rápida e definitiva. Você assistiu a demonstrações em pacientes conscientes e desejosos de sua regeneração, que mesmo assim estão aqui há algum tempo. Dirijo-me a outra maca, onde se encontra um rapaz cuja área cirurgizada recebe uma faixa, isolando-o de qualquer outro contágio. Ele está sendo colocado em uma cabina de "vidro", espécie de UTI. O rapaz, portador de câncer de pele, está recebendo tratamento idêntico ao descrito (gaze e spray). Esse paciente era fumante e usava drogas injetáveis. - Mas o câncer dele é na pele ou nos pulmões? - Manifestou-se na pele como ulcerações no tecido epitelial, mas de gênese interna. Sempre temos algo de mais sensível em nós. Podemos adquirir um problema renal, quando os rins constituem a parte sensível do corpo, e dali a deficiência generalizar-se para outros sistemas, enfermando-os. Nesse rapaz, os órgãos agredidos foram os pulmões, mas a parte sensível é a pele. À medida que utilizava drogas injetáveis, provocou uma ulceração nas células do tecido epitelial, que foram enfraquecendo até se tornarem cancerosas. Foi um encadeamento de várias moléstias, culminando com o câncer comum de pele. A droga injetável foi para o sangue, que a levou a todos os órgãos, afetando assim a parte mais sensível. Para alguns essa sensibilidade é o coração; para outros, os pulmões; para ele, é a pele. O instrutor comenta ainda que alguns recebem tratamento de emergência para que possam reencarnar sadios, sob a promessa de, a duras penas, conquistarem de vez o equilíbrio de seus Espíritos. Ocorre, que sempre há os que voltam em piores condições, pois, portadores da sensibilidade, da predisposição à doença, abusam da condição de "liberdade condicional" e voltam aos cárceres que construíram para si próprios. Tais companheiros, quando partem daqui, reafirmam o compromisso de resistir até o limite de suas forças; e, levando o corpo "saudável", esquecem de dirigir o barco da vida sob a orientação do trabalho, buscando, em meio às turbulências, as seguras correntes da fé, traduzidas através da oração e da vigilância. Sob tais condições, tudo depende de sua atuação como timoneiro. Enfrentando borrascas e ventanias, é de se esperar alguns naufrágios; porém, há marinheiros que vencem o intranqüilo mar dos nevoeiros, evitando os acidentes de percurso, nunca insuperáveis para quem se escuda na confiança em Deus e tem como porto seguro a paz de consciência. Estão nos dizendo que a visita terminou. Volto com eles. Estou levando dois frascos contendo material para exame durante o nosso sono físico. Em um dos vidros está a gaze e no outro o líquido rosa usado como soro. Logo mais, enquanto dormirmos, poderemos voltar para o Centro, e lá pegar, cheirar, analisar, fazer experiências com esse material. Deus nos ampare em nossas pesquisas! É o que dizem na despedida." Obs: O desenho de um corp humano e sua contraparte espiritual, onde mostra um câncer de estômago, não colou neste espaço, mas é a doença lá na contraparte focando no fisico e instalado-se o câncer no estômago físico.