Um dia, foi perguntado ao
Dr. Bezerra de Menezes,
qual
foi a sua maior felicidade quando chegou ao plano espiritual.
Ele respondeu:
- A minha
maior felicidade, foi quando Celina,
a mensageira de Maria Santíssima,
se
aproximou do leito em que eu ainda estava dormindo,
e, tocando-me, falou,
suavemente:
- Bezerra, acorde,
Bezerra!
Abri os olhos e vi-a,
bela e radiosa.
- Minha filha, é
você, Celina?!
- Sim, sou
eu, meu amigo.
A Mãe de Jesus pediu-me que
lhe dissesse que você
já se encontra na Vida Maior,
havendo atravessado a porta da
imortalidade.
Agora, Bezerra, desperte
feliz.
Chegaram os meus familiares,
os companheiros queridos das hostes espíritas que me vinham saudar.
Mas, eu ouvia um murmúrio,
que me parecia vir de fora.
Então, Celina, me disse:
- Venha ver,
Bezerra.
Ajudando-me a erguer-me
do leito, amparou-me até uma sacada,
e eu vi, uma multidão que me acenava, com
ternura e lágrimas nos olhos.
- Quem são, Celina?
perguntei-lhe ?
- não conheço a ninguém.
Quem são?
São aqueles
a quem você consolou,
sem nunca perguntar-lhes o nome.
São aqueles Espíritos
atormentados,
que chegaram às sessões mediúnicas
e a sua palavra caiu sobre
eles como um bálsamo
numa ferida em chaga viva; são os esquecidos da Terra,
os
destroçados do mundo,
a quem você estimulou e guiou.
São eles, que o vêm saudar no
pórtico da eternidade...
E o Dr. Bezerra concluiu:
A felicidade existe,
como decorrência do bem que
fazemos, das lágrimas que
enxugamos,
das palavras que semeamos no
caminho,
para atapetar a senda que um
dia percorreremos.
Extraído do
Livro
“O Semeador de Estrelas"
de
Suely Caldas Schubert.