terça-feira, 31 de agosto de 2010

QUE É OBSESSÃO?

A INFLUÊNCIA DOS ESPÍRITOS NOS ACONTECIMENTOS DA VIDA NA TERRA
Exercem essa influência por outra forma que não apenas pelos pensamentos que sugerem, isto é, têm ação direta sobre o cumprimento das coisas. Mas nunca atuam fora das leis da Natureza. Imaginamos erradamente que aos Espíritos só caiba manifestar sua ação por fenômenos extraordinários. Quiséramos que nos viessem auxiliar por meio de milagres e os figuramos sempre armados de uma varinha mágica. Por não ser assim é que oculta nos parece a intervenção que têm nas coisas deste mundo e muito natural o que se executa com o concurso deles. Assim é que, provocado, por exemplo, o encontro de duas pessoas, que suporão encontrar-se por acaso; inspirando a alguém a idéia de passar por determinado lugar; chamando-lhe a atenção para certo ponto, se disso resulta o que tenham em vista, eles obram de tal maneira que o homem, crente de que obedece a um impulso próprio, conserva sempre o seu livre-arbítrio. - [9a p.267 q.525] É exato que os Espíritos têm ação sobre a matéria, mas para cumprimento das leis da Natureza, não para as derrogar, fazendo que, em dado momento, ocorra um sucesso inesperado e em contrário àquelas leis. Por exemplo: um homem tem que morrer; sobe uma escada, a escada se quebra e ele morre da queda. No exemplo, a escada se quebrou porque se achava podre, ou por não ser bastante forte para suportar o peso do homem. Se era destino daquele homem perecer de tal maneira, os Espíritos lhe inspiraram a idéia de subir a escada em questão, que teria de quebrar-se com o seu peso, resultando-lhe daí a morte por um efeito natural e sem que para isso fosse mister a produção de um milagre. - [9a p.268 q.526] Tomemos outro exemplo, em que não entre a matéria em seu estado natural: Um homem tem que morrer fulminado pelo raio. Refugia-se debaixo de uma árvore. Estala o raio e o mata. Dá-se o mesmo que o exemplo anterior. O raio caiu sobre aquela árvore em tal momento, porque estava nas leis da Natureza que assim acontecesse. Não foi encaminhado para a árvore, por se achar debaixo dela o homem. A este, sim, foi inspirada a idéia de se abrigar debaixo de uma árvore sobre a qual cairia o raio, porquanto a árvore não deixaria de ser atingida, só por não lhe estar debaixo da fronde o homem. - [9a p.268 q.527] No caso de uma pessoa mal intencionada disparar sobre outra um projétil que apenas lhe passe perto sem a atingir, se o indivíduo alvejado não tem que perecer desse modo, o Espírito bondoso lhe inspirará a idéia de se desviar, ou então poderá ofuscar o que empunha a arma, de sorte a fazê-lo apontar mal, porquanto, uma vez disparada a arma, o projétil segue linha que tem de percorrer. - [9a p.269 q.528] Muitas vezes os Espíritos reconhecem a injustiça com que procederam e o mal que causaram e extingue-se-lhes com a vida corpórea a malevolência do mal que fizeram na Terra. Mas, também, não é raro que continuem a perseguir-vos, cheios de animosidade, se Deus o permitir, por ainda vos experimentar. Pode-se pôr termo a isso, orando por eles e lhes retribuindo o mal com o bem, acabarão compreendendo a injustiça do proceder deles. Demais, se souberdes colocar-vos acima de suas maquinações, deixar-vos-ão, por verificarem que nada lucram. A experiência demonstra que alguns Espíritos continuam em outra existência a exercer as vinganças que vinham tomando e que assim, cedo ou tarde, o homem paga o mal que tenha feito a outrem. - [9a p.270 q.531] Algumas vezes, como prova, podem os Espíritos fazer que obtenham riquezas aos que lhes pedem que assim aconteça. Quase sempre, porém, recusam, como se recusa à criança a satisfação de um pedido inconsiderado. São os bons ou os maus Espíritos que concedem esses favores. Depende da intenção. As mais das vezes, entretanto, os que concedem são os Espíritos que vos querem arrastar para o mal e que encontram meio fácil de o conseguirem, facilitando-vos os gozos que a riqueza proporciona. - [9a p.271 q.533] Em vossa vida, tomam parte as entidades do Além: sem que as vejais, perambulam em vosso meio, atuam em vossos atos, sem que os vossos nervos visuais lhes registrem a presença. Edificante é observarmos o sacrifício de tantos seres evolvidos que se consagram a sagrados labores, no planeta das sombras, quais os da regeneração de individualidades obcecadas no mal, operando abnegadamente a serviço da redenção de todas as almas, atirando-se com destemor a tarefas penosas, cheios de renúncia santificadora. - [71 pág. 48] - Emmanuel - 1938

QUE É APOMETRIA?




O termo Apometria vem do grego Apó - preposição que significa além de, fora de, e Metron - relativo a medida. Representa o clássico desdobramento entre o corpo físico e os corpos espirituais do ser humano. Não é propriamente mediunismo, é apenas uma técnica de separação desses componentes.
A Apometria é uma técnica de desdobramento que pode ser aplicada em todas as criaturas, não importando a saúde, a idade, o estado de sanidade mental e a resistência oferecida. É um método geral, fácil de ser utilizado por pessoas devidamente habilitadas e dirigentes capazes. Apresenta sempre resultado eficaz em todos os pacientes, mesmo nos oligofrênicos profundos sem nenhuma possibilidade de compreensão.
O êxito da Apometria reside na utilização da faculdade mediúnica para entrarmos em contato com o mundo espiritual da maneira mais fácil e objetiva, sempre que quisermos. Embora não sendo propriamente uma técnica mediúnica, pode ser aplicada como tal, toda vez que desejarmos entrar em contato com o mundo espiritual.
Maiores detalhes entrar no link: http://www.geocities.com/Vienna/Strasse/5774/
APOMETRIA Conceito:
A Apometria é uma técnica de desdobramento do Agregado Humano – formado pelos corpos Átmico, Búdico, Mental Superior, Mental Inferior, Corpo Astral, Duplo Etérico, Corpo Físico -- e manuseio de energia, composta por 13 leis. Sua ação se faz através do impulso mental de um operador encarnado, movido pela força da vontade. Foi desenvolvida pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, em 1965, no Hospital Espírita em Porto Alegre, RS. Segundo Dr. Lacerda, o termo Apometria é composto das palavras gregas “apo” que significa “além de” e “métron” que significa ‘medida’. Designa o desdobramento anímico, bastante estudado por diversos autores clássicos (Espírito Matéria - Novos Horizontes para a Medicina. Palotti, 1988).
Procedimentos Terapêuticos
O conjunto de procedimentos terapêuticos utilizados na Apometria é constituído dos seguintes itens: a) desdobramento, incorporação e tratamento dos corpos; b) abordagem, incorporação e tratamento de espíritos.
A primeira lei da Apometria - Lei do Desdobramento Espiritual - Lei Básica da Apometria.
Sem dúvida nenhuma, a criação da técnica apométrica por Dr. José Lacerda de Azevedo representou o grande marco para a retomada dos estudos, pesquisas e experimentações sobre o psiquismo humano e sua terapêutica. Foi a partir do trabalho fraterno e inteligente do Dr. Lacerda que pudemos desenvolver uma maior compreensão sobre as propriedades do Agregado Humano e a Terapêutica do Desdobramento dos Corpos em Níveis e Subníveis e também tratar e compreender com maior profundidade as Personalidades Múltiplas e Subpersonalidades, velhas conhecidas de alguns psiquistas, da psicologia e da Doutrina Espírita.

A EDUCAÇÃO DO MÉDIUM

REVISTA ESPIRITISMO E CIÊNCIA Especial: MEDIUNIDADE (13) Pg. 12 encarte sobre mediunidade. A EDUCAÇÃO DO MÉDIUM
"A educação da mediunidade é um trabalho que começa antes da reencarnação, continua na encarnação e prossegue na vida após o desencarne. Mas enquanto está nesta dimensão, o médium tem como necessidade primeira evangelizar a si mesmo". – AluneyElferr Haverá um tempo previsto para a educação do médium? Tempo não há, pois a mediunidade é trabalho para muitas reencarnações na existência do Espírito. Na verdade, esta faculdade, em suas mais variadas ramificações, está presente em todos os homens. Todavia, é após o desabrochar na existência atual que o trabalho se efetiva com mais intensidade e, a partir daí, não deve mais parar ou estacionar, sob a possibilidade de um recomeço muito mais árduo e penoso. Sabemos que a faculdade, estando presente em nós, deve eclodir sozinha, mas isso não quer dizer que não possamos trabalhar na modelação de nosso Espírito por meio das atividades evangelizadoras, na doação fraternal de atendimento aos irmãos necessitados. Identificados os sintomas que caracterizam a faculdade mediúnica, cabe ao sensitivo o dever de educá-la. Somente ele é capaz de se qualificar nessa condição; nenhum sinal externo pode chamar a atenção do observador, a fim de apontar as pessoas que sejam possuidoras de mediunidade. Mesmo sabendo que a mediunidade é uma faculdade originária do Espírito e que se exterioriza através do organismo físico – não apresenta síndromes externas – e mesmo quando algumas destas possam tipificar sua presença, tal conclusão jamais poderá ser infalível. Propiciando a interferência dos desencarnados na vida humana, a princípio, a mediunidade gera estados particulares na emotividade, porque mais facilmente se registram a presença e o envolvimento de seres negativos ou perniciosos; a irradiação das suas energias produz esse estados anômalos, desagradáveis, que podem ser confundidos com problemas patológicos. Porém, o sensitivo é constantemente chamado para a observação destas manifestações consigo mesmo, por surgirem em momentos menos próprios ou aparentemente sem causas desencadeadoras. O orientador espírita deve ser capaz de convencê-lo de que o exercício correto da mediunidade não oferece perigo algum a quem quer que seja. Se observarmos o livro O Consolador, por Emmanuel, através de Chico Xavier, nas perguntas 387 e 388, poderemos verificar a grande importância que devemos dar a esses mecanismos de elevação que a natureza nos concede: 387 – Qual a maior necessidade do médiuns? - A primeira necessidade do médium é evangelizar-se a si mesmo antes de se entregar às grandes tarefas doutrinárias, pois, de outro modo, poderá esbarrar sempre com o fantasma do personalismo, em detrimento de sua missão. 388 – Nos trabalhos mediúnicos temos de considerar, igualmente, os imperativos da especialização? - O homem do mundo, no círculo de obrigações que lhe competem na vida, deverá sair da generalidade para produzir o útil e o agradável, na esfera de suas possibilidades individuais. Em mediunidade, devemos nos submeter-nos aos mesmos princípios. A especialização na tarefa mediúnica é mais que necessária e somente de sua compreensão poderá nascer a harmonia na grande obra de vulgarização da verdade a realizar (a resposta não está em sua totalidade). Observando bem estas orientações de Emmanuel, vamos ver que o empenho é necessário para o engrandecimento da faculdade, e esse empenho é contínuo na escalada a desempenhar. Mas, ainda assim, poderíamos nos perguntar: o que é educação ou desenvolvimento da mediunidade? Responderíamos: É o conjunto de ações educativas direcionadas para o exercício correto da mediunidade, educação essa que não se prende às quatro paredes do templo espírita. Mas vai além, no envolvimento das orientações basilares do Mestre, quando diz: "Orai e vigiai, no que concerne às nossas imperfeições, como também nossas ações ainda perniciosas. E vai e não peques mais, para que não te suceda coisa ainda pior". Diz respeito a mudança de estrutura mental, vibracional e de ação no bem, pois o Mestre não somente diz que deixemos de praticar o mal, mas que pratiquemos, acima de tudo, o Bem. Principalmente, modificando a condição interpretada por nós do grande Amor – terapia legada por Jesus para todos nós: não fazer ao próximo aquilo que não queremos para nós. Ao modificar a estrutura negativista desta frase, temos: Faça ao próximo àquilo que queres para ti mesmo. Identificamos nossa verdadeira missão como cristãos em qualquer tarefa, transformando essas tarefas, desde as mais simplórias, em tarefas redentoras pela ação do Amor. A educação da mediunidade é um trabalho para toda a vida. Começa antes da reencarnação, continua nela e prossegue no além-túmulo. Há uma grande necessidade de amparo ao candidato ao mediunismo – na presença de problemas psíquicos, emocionais e físicos – recebendo, na casa espírita, orientação de cunho doutrinário. Antes da entrega do neófito ao exercício mediúnico, é necessário que ocorra uma harmonização espiritual. É importante que seja levado ao conhecimento do médium principiante que, na fase inicial, é natural o surgimento de um clima psicológico inconstante, de altos e baixos. Isso é compreensível, uma vez que a mediunidade propicia a interferência dos desencarnados na vida humana de forma mais próxima. E, geralmente, são seres envolvidos com o mal ou com atos perniciosos, transmitindo assim a irradiação de suas energias, produzindo sensações anômalas, desagradáveis, que perfeitamente podem ser confundidas com problemas patológicos. Tudo isso deve ser bem esclarecido ao irmão que se propõe para a nova tarefa. Segundo Erastos, em O Livro dos Médiuns (cap. XXII, item 236), "Médium é o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens". O médium tem, como condição primordial, o estudo, para a busca de compreensão da sua faculdade e do conhecimento da natureza dos espíritos que utilizam sua faculdade mediúnica para um contato mais próximo com os encarnados. O estudo traz ao médium uma condição mais segura de trabalho pois, consciente e entendedor de sua faculdade, ele vai trabalhar colaborando ainda mais com os técnicos espirituais responsáveis pela atividade mediúnica que freqüenta. E, com segurança obtida com o estudo, ele sintoniza melhor com os mentores, como também poderá envolver os comunicantes para que se portem ordenadamente, e não somos muitos que chegam transformando as reuniões em perfeitas confusões. Nesse estudo profundo que o médium deverá realizar em sua caminhada, ele se defrontará com a necessidade de se conhecer, cumprindo-lhe ao mesmo tempo conhecer as qualidades que deve procurar desenvolver em si, assim como os hábitos viciosos e os obstáculos que podem embaraçá-lo no desempenho de sua tarefa. Para uma auto-realização, é necessário o exame permanente de consciência a fim de conhecer sempre, a todo momento, o estado da própria alma. A mediunidade é, sem dúvida, poderoso instrumento que pode se converter em lamentável fator de perturbação, tendo em vista o nível espiritual e moral daquele que se encontra investido de tal recurso; ela não é uma faculdade portadora de requisitos morais. A moralização do médium liberta-o das influências dos Espíritos inferiores e perversos, que se sentem impossibilitados de maior predomínio. Cada dia, o medianeiro se defrontará com sensações novas e viverá emoções que lhe cabem verificar, de modo que possa treinar o controle pessoal, estabelecendo uma linha demarcatória entre a sua personalidade e as personalidades que o utilizam psiquicamente, até mesmo auxiliando-as nas comunicações. A compreensão das Leis dos Fluidos, isto é, a identificação fluídica entre o médium e o Espírito, constitui fator de altíssima importância para a comunicação harmônica. Se eles são contrários, se essa relação fluídica se repele, a comunicação mediúnica vai se processar com dificuldades, e o médium deve estar ciente disso. Enfim, a educação mediúnica é para toda a existência, pois à medida que o medianeiro se torna mais hábil e aprimorado, melhores requisitos ele tem à sua disposição para a realização do ministério abraçado. Buscando novamente o grande manancial de informações, que é O Livro dos Médiuns, na segunda parte, no capítulo XVII, item 211, Formação dos Médiuns, verificamos: "O escolho da maioria dos médiuns iniciantes é ter relações com Espíritos inferiores, e devem se considerar felizes quando são apenas Espíritos levianos. Toda a sua atenção deve tender a não lhes deixar tomar pé, porque um vez ancorados não é sempre fácil desembaraçar-se deles. É um ponto tão capital, sobretudo no início, que se as preocupações necessárias, pode-se perder o fruto das mais belas faculdades". Na verdade, o empenho do médium em se moralizar deverá fazer parte do processo de sua auto-educação, sintonizando profundamente com as palavras do Cristo: "Conhecereis a verdade e ela vos libertará". Por isso, a meta prioritária é a criatura conhecer a si mesma; é preciso permanente exame de consciência, com o fim de se conhecer sempre, em todos os atos praticados por nós. Conhecendo-nos um pouco mais poderemos, com maior facilidade, nos dedicar sem medos ao exercício. O estudo que visa à identidade dos Espíritos fala bem alto no processo de educação do médium. Nenhuma teoria se concretiza bem sem o exercício, sem o trabalho. Podemos ver isso seguindo a orientação dos Espíritos que auxiliara Kardec na Codificação, em O Livro dos Espíritos, pergunta 625: "Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem para lhe servir de guia e modelo?" Jesus, é a resposta. Seguindo esse grandioso modelo, verificamos que seus ensinamentos não viçaram sem o aval de sua exemplificação, traçando a base de suas orientações, que nos norteiam até hoje. Estando a mente vazia, com os pensamentos infelizes à vista, é necessário o trabalho ativo e o preenchimento de nossa mente com coisas edificantes. Assim, é imprescindível enriquecer nosso pensamento, incorporando a ele os tesouros morais e culturais, os únicos que nos possibilitaram direcionar a luz que é jorrada do mais alto para nós. Em toda a parte, existe a cooperação espiritual com o mundo material. Onde há pensamento, há correntes mentais, e onde há correntes mentais existem associações. E, como sabemos, toda associação é interdependência e influenciação recíproca. Daí, verificamos a necessidade de ter uma vida nobre, trabalho ativo, compreensão fraterna, serviços ao semelhante, respeito à natureza e oração. Tudo isso constitui alguns meios de assimilar os princípios superiores da vida, porque sempre recebemos de acordo com o que damos. E tratando de mudar de ritmo vibracional de nossos pensamentos e, em seguida, de nossos atos, seguramente também vamos sintonizar com maior facilidade os benfeitores que visam ao engrandecimento humano. Voltando à pergunta do livro O Consolador, questão 387: "Qual a maior necessidade do médium?" Resposta: A primeira necessidade do médium é evangelizar-se". Cabe perguntar a nós mesmos o que significa o termo "evangelizar-se". Diz-nos André Luiz, em seu livro Missionários da Luz, que "é imprescindível saber que tipo de onda mental assimilamos para conhecer a qualidade de nosso trabalho e ajuizar nossa direção". A mediunidade é neutra e não basta por si só. E é ainda André Luiz que nos orienta com bastante clareza no seu livro Nos Domínios da Mediunidade: "Cada médium com a sua mente, cada mente com seus raios, personalizando observações e interpretações, e conforme os raios que arremessamos, erguer-se-á o domicílio espiritual na onda de pensamentos a que nossas almas se afeiçoam". Essa energia viva, que é o pensamento, cria em torno de nós forças sutis, criando centros magnéticos ou ondas vibratórias com as quais emitimos nossas situações e recebemos outras. Abriremos comunicação e envolvimento com núcleos e mentes, com os quais nos colocamos em sintonia através de nossos pensamentos. Em Evolução em Dois Mundos, André Luiz, na página 129, diz: "A aura é, portanto. A nossa plataforma onipresente em toda comunicação com as rotas alheias, antecâmara do Espírito, em todas as nossas atividades de intercâmbio com a vida que nos rodeia, através da qual somos vistos e examinados pelas inteligências superiores, sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, e temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa". "Isso porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamentos a pensamentos, sem necessidade das palavras para as simpatias ou repulsões fundamentais". Esclarece ainda, no mesmo livro: "É por essa couraça vibratória, espécie de carapaça fluídica, em que cada consciência constrói o seu ninho ideal, que começaram todos os serviços da mediunidade na Terra, considerando-se a mediunidade como atributo do homem encarnado para corresponder-se com os homens liberados do corpo físico". Podemos verificar que refletimos o que sentimos e pensamos em nós mesmos, e é essa aura que nos apresenta como verdadeiramente somos. Principalmente reforçando o ditato "A raiva é um veneno que tomamos e esperamos que outros morram", ou seja, essa mesma raiva ficará impregnada em nós, transparecendo aquilo que sentimos e afetando principalmente o nosso próprio tônus vibratório. Plasmamos em torno de nós, através da força do pensamento nessas zonas vibratórias que nos constituem, nosso "eu" verdadeiro, e assim somos conhecidos por todos no mundo espiritual, ligando-nos ao bem ou à ignorância. Envolvemo-nos em uma onda vibratória que modifica nosso tônus de vibração, ligando-nos imediatamente àqueles que conosco comungam os mesmos pensamentos e atos. E, quando dormimos, temporariamente, distanciamo-nos de nossa aparelhagem física, indo ter com os mesmos com os quais nos ligamos mentalmente; aí nos vêm os sonhos temerosos e "pesados", principalmente no que concerne ao sexo, brigas, mortes, etc. Passamos os dias direcionando energias em prazeres ou pensando fortemente em tais prazeres, dessa forma criando-os fluidicamente, manifestando nossas intenções no mundo espiritual. Conclamamos nossos irmãos leitores que revisem o livro A Gênese – capítulo XIV, Os Fluidos, item 13, Criação Fluídica – para, numa análise mais profunda, verificarem a importância de nossos pensamentos nessas criações emanadas de nós mesmos. Lembremos sempre: praticando tanto o bem como o mal, estaremos sempre respirando na mesma faixa, intimamente associados, com as mentes ligadas ao bem ou às trevas. Conforme já sabemos, o Espiritismo não é o "dono da mediunidade"; esta é inerente ao Espiritismo e projetada ao corpo físico, como uma faculdade orgânica. Encontra-se em quase todos os indivíduos, como um meio imensurável de progresso. Observando algumas palavras de André Luiz, psicografadas por Chico Xavier, poderemos compreender uma poderosa observação feita por esse nosso irmão: "Deus ajuda a criatura através das criaturas". E completamos: desencarnadas ou encarnadas, ou seja, vamos verificar que o intercâmbio estará presente em todas as etapas da natureza, e em várias e diferentes condições vibracionais. Entre os Espíritos já desencanados também há médiuns que exercem fraternalmente o labor; facultando que entidades do mais alto, das esferas mais elevadas, possam também trazer palavras de consolo e orientação àquelas que se encontram na retaguarda da evolução, ainda que o meio mais difundido seja o intercâmbio entre encarnados com os desencarnados. A mediunidade não poderá ser utilizada como uma profissão por aquele que já se encontra revestido por ela pois, como processo de crescimento e purificação do próprio ser em caminhada estagiária no plano em que vive, a mediunidade deve sempre ser preenchida pelo amor, pela sintonia, buscando acima de tudo galgar resultados mais profundo. Vemos a medicina ser utilizada por médicos que objetivam simplesmente o ganho. Todavia, dia chegará em que os médicos utilizarão essa faculdade para o bem maior, provocando assim o aparecimento de uma medicina vibracional bem mais profunda e comprometida com a causa humana; mais envolvida com o amor conseguirá, enfim, tratar do ser como um todo e não simplesmente como um corpo. A mediunidade deve ser canalizada para fins nobres, evitando-se transforma-la em motivo de profissionalização ou espetáculos que buscam gerar emoções passageiras. Independentemente da vontade de seu possuidor, funciona quando acionada pelos Espíritos que a manipulam, sendo, portanto, credora de assistência moral. Sabemos que todos somos médiuns, pois todos sofremos influências dos Espíritos e, na seara do Cristo, há muitas mediunidades. E ainda que não sejam ostensivas, não são menos importantes. Se por enquanto não temos em nosso quadro de tarefas a mediunidade ostensiva, sejamos então médiuns do bem, das palavras de carinho, do consolo, da ajuda, do bom conselho, da caridade, pois mesmo aí estaremos sendo envolvidos por aqueles do lado invisível que também trabalham para o engrandecimento da humanidade e o consolo dos corações aflitos.

Sérgio Filipe de OliveiraMÉDICO PSIQUIATRA INVESTIGA MEDIUNIDADE

Sérgio Felipe de Oliveira é médico. Licenciado pela Universidade de São Paulo (USP), é Doutor em Ciências pela USP, director clínico do Pineal-Mind Instituto de Saúde de São Paulo. Além disso, actua nas áreas de Psiquiatria e Clínica Médica. É ainda coordenador e professor responsável do Curso de Pós-Graduação Latu-Sensu de Psiquiatria Transpessoal, disponibilizado pela Universidade de São Paulo (USP). Presidente da Associação Médico-Espírita de São Paulo, aqui fica a entrevista com um dos mais respeitados médicos psiquiatras e investigadores da actualidade.
Nos seus cursos, como introduz às pessoas o estudo da mediunidade?
Sérgio Felipe de Oliveira – De início, é necessário apresentar os conceitos de Universos Paralelos e a Teoria das Supercordas (1), porque essas hipóteses científicas buscam a unificação de todas as forças físicas conhecidas e pressupõem a existência de 11 dimensões, coincidindo com a revelação espírita sobre os diversos planos da vida espiritual. Temos de estudar também outros temas científicos importantes, tais como a energia flutuante quântica do vazio (2), prevista por Einstein e desenvolvida por Paul Dirac, o teorema de Godel (3), e discutir um pouco acerca do tipo de matéria que participa da constituição dos corpos subtis do espírito, e recorremos ainda à área da Psicologia Transpessoal (4). Assim poderemos entender melhor como se produz a comunicação entre os espíritos encarnados e desencarnados.
Como é vista a mediunidade pela medicina?
SFO – O Código Internacional de Doenças (CID) n.º 10 (F 44.3), de certa forma, já o admite. Do mesmo modo que o Tratado de Psiquiatria de Kaplan e Sadock, no capítulo sobre as teorias da Personalidade, quando se refere ao estado de transe e a possessão por espíritos. Carl Gustav Jung, por sua vez, estudou uma médium possuída por espíritos. Enfim, já há total abertura para discutir o tema sob a óptica meramente científica. No contexto fisiológico, o que é a mediunidade?SFO – A mediunidade é uma função de senso-percepçã o. É igual a uma outra qualquer função deste tipo. Para exercê-la é necessário que haja um órgão que capte e outro que interprete. Na nossa hipótese de trabalho, a glândula pineal é o órgão sensorial da mediunidade; como um telemóvel, capta as ondas do espectro electromagnético que provêm da dimensão espiritual e o lóbulo frontal faz o juízo crítico da mensagem, auxiliado por outras áreas encefálicas.
A glândula pineal altera-se com a idade?
SFO – De facto, ocorre a biomineralizaçã o da glândula pineal, ela calcifica-se. Enfim, na minha tese de mestrado na USP, investiguei os cristais de apatita da pineal, mediante a difracção dos raios-X, utilizando ainda a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Tive a oportunidade de observar nesses cristais uma microcirculaçã o sanguínea que os mantêm metabolicamente activos e vivos. Penso que são estruturas diamagnéticas que repelem ligeiramente o campo magnético, e isso faz com que a onda caminhe em "ricochete" de um cristal ao outro. Assim se produz o sequestro do campo magnético pela glândula pineal. Quanto mais cristais tem um indivíduo mais possibilidades terá de captar ondas electromagnéticas. Os médiuns ostensivos revelam possuir mais cristais.
Que sintomas poderiam derivar deste facto?
SFO – Variam dependendo do tipo de mediunidade. Nos fenómenos espíritas, como é o caso da psicofonia, psicografia, possessão etc., há captação pelos cristais da glândula pineal e sua activação é adrenérgica, quer dizer que pode ocorrer taquicardia, aumento de fluxo renal, circulação periférica diminuída, etc. No fenómeno anímico, em que a alma do encarnado se desprende do corpo, ou seja nos estados de desdobramento, os sintomas são outros; podemos ter distúrbios de sono, sonambulismo, terror nocturno, ansiedade, fobia, etc. Encaixam aqui também os fenómenos de cura e ectoplasmia. Nos anímicos ocorrem mais fenómenos colinérgicos; aumento de actividade do aparelho digestivo, diminuição da pressão arterial etc. Quer dizer que a mediunidade não se manifesta sempre como fenómeno paranormal?SFO – Nem sempre. Uma boa parte das vezes se expressa mediante alterações do comportamento psicobiológico. Explico: a glândula pineal é um órgão sensorial, capta as ondas do espectro magnético provenientes de universos paralelos; a percepção seria enviada ao lóbulo frontal que a interpretaria. Mas para isso é necessário experiência e sobretudo estudo e também transcendência, senão não se desenvolve nessa área.
E se o indivíduo não consegue essa transcendência?
SFO – Nesse caso, as ondas do espectro magnético vão influir directamente sobre as áreas do hipotálamo e as estruturas adjacentes sem passar pelo juízo crítico do lóbulo frontal ou sem seu comando. O indivíduo perde o controlo do comportamento psicobiológico ou orgânico. É o que se passa em muitos casos de obesidade, quando a pessoa come sem necessitar, ou pode ter dificuldades nas relações sexuais. Se o impacto se produz na área da agressividade, pode exacerbar a autoagressividade do indivíduo, e desencadear depressão e fobia, ou a heteroagressividade , que expressa violência para com os outros. Se se acciona o sistema reticular ascendente, que é o responsável pelos estados de sono e vigília, podem ocorrer distúrbios nessa área. Nos casos citados ocorrem sintomas sem desenvolvimento mediúnico, com alterações hormonais, psiquiátricos, orgânicos. Se não se controla o lóbulo frontal, predominam as áreas mais primitivas. O indivíduo não usa a capacidade de transcendência. São hipóteses que recolhi nas investigações e nos elementos clínicos.
O problema é espiritual ou orgânico, o que diz?
SFO – Não existe uma coisa separada da outra. Eu parto da hipótese de que a pessoa é o espírito. Assim, a influência espiritual tem repercussões biológicas e os comportamentos psicorgânicos influem sobre o espírito. Como integrar ciência e espiritualidade?SFO – O cérebro está embriologicamente previsto no coração. Não existe raciocínio sem emoção. Somente o desenvolvimento da capacidade de amar constrói a verdadeira identidade das pessoas. Enquanto não existir uma união definitiva entre ciência e espiritualidade, a humanidade não encontrará a paz e o amor.
Faz as suas pesquisas exclusivamente com investigadores espíritas?
SFO – Não. Fazemos com espíritas e não espíritas, já que ambos temos os mesmos objectivos.
Actualmente tem algum projecto?
SFO – Sim, a Universidade do Espírito é um projecto universitário para o ensino e investigação em pós-graduação para profissionais das áreas da medicina, psicologia, pedagogia, sociologia, biologia, física, cosmologia e outras. Contará com salas de aula, laboratórios, biblioteca, administração, arquivos, ambulatórios e um centro informático. Este nosso projecto conta com o apoio de várias instituições estatais, como a própria USP e privadas, além de vários profissionais em diversas áreas científicas. Deste modo, a Universidade do Espírito funcionará como elemento centralizador da rede de formação de hospitais espíritas, que no Brasil são cerca de 100. Também contará com um núcleo de estudiosos espíritas da USP, que reunirá professores, cientistas e investigadores espíritas desta universidade, sem excluir outros cientistas estrangeiros, como o vosso eng.º Luís de Almeida, que foi por nós convidado para ingressar neste projecto. NOTAS (por Luís de Almeida):1) Teoria das Supercordas, é uma teoria cosmológica que descreve as partículas como ondulações de cordas, unificando assim a "mecânica quântica" e a "relatividade generalizada" , ou seja os seus objectos fundamentais não são as partículas que ocupam um único ponto no espaço, mas sim objectos (cordas) unidimensionais. No total existem 5 teorias das cordas, que foram unificadas numa só, a Teoria-M.2) Estado de menor energia de um sistema quântico, que está presente no espaço cosmológico aparentemente vazio.3) Teorema da Incompletude de Gobel, afirma que em qualquer sistema formal de axiomas (exemplo, a matemática actual) é possível fazer afirmações cuja a veracidade ou falsidade não podem ser demonstradas usando apenas os axiomas que definem o sistema, demonstrando matematicamente que há problemas que não podem ser resolvidos por meio de nenhum conjunto de regras ou procedimentos, impondo desta forma limites fundamentais e destruindo assim a crença generalizada de que a matemática era um sistema coerente e completo com uma base lógica única.4) É uma ciência holística que busca transcender os aspectos pessoais do ser, elevando-o a uma condição totalmente espiritual. Está baseada na física moderna subatômica, cujo modelo quantum-relativístico busca apresentar um ponto de vista integrado da teoria de quantum e relatividade, onde o Universo todo (matéria/energia) é uma entidade dinâmica em constante mudança num todo indivisível.
Texto oferecido pelo autor, que é membro do CECA, publicado no "Jornal deEspiritismo" da ADEP – Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal Texto: Cristina Carvalho
O Perispírito e suas modelaçõesEd. EME – Luiz Gonazaga Pinto
Mas se há males nesta vida, de que o homem é a própria causa, há também outros que, pelo menos em aparência, são estranhos à sua vontade e parecem golpeá-lo por fatalidade. As­sim, por exemplo, a perda de entes queridos e dos que sustentam a família. Assim também os acidentes que nenhuma previdência pode evitar; os reveses da fortuna, que frustram todas as medidas de prudência; os flagelos naturais; e ainda as doenças de nascença, sobretudo aquelas que tiram aos infelizes a possibilidade de ganhar a vida pelo trabalho: as deformi­dades, a idiotia, a imbecilidade, etc. O Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec- (cap. V - item 6). No presente estágio acadêmico terrestre, podemos generalizar a medicina como carente de enfermagem. Tomando como base para seus conceitos pato genéticos o microbismo e as pesquisas laboratoriais, o que, a bem da verdade, fornecem subsídios para um diagnóstico, nele se fecham impondo-lhes a gênese de todo o mal, quando a atitude correta seria buscar a causa profunda, a que se esconde além da matéria transitória. A instalação da doença no corpo físico deve-se à vulnerabilidade perispiritual do indivíduo como causa primária, o que possibilita a instalação virótica ou bacteriológica como variável secundária. Como curar o homem, cujo físico ressente-­se do acúmulo de substâncias tóxicas, que, atingindo um limite insuportável, reage com a desarmonia, que é a doença, grito de alerta em última instância? Não são os vírus que determinam as doenças. Existem pessoas portadoras de vírus de doenças graves, que nunca se manifestam em pústulas no corpo. Não são as bactérias. Muitas pessoas ao contato com elas adquirem imunidades, observando­-se o efeito oposto ao esperado, substituindo a virulência pela resistência. O que faculta a instalação definitiva da doença é a queda do tônus vital no organismo ou em um órgão em particular. E a gênese da patogenia é quase sempre o perispírito, pelo adensamento fluídico pernicioso a que se condena o Espírito pelo seu desregramento. Vírus e bactérias são fatores concorrentes; o afastamento das leis divinas constituem os fatores determinantes. O perispírito do homem animalizado, cujo teor dos pensamentos se caracteriza pelo egoísmo, ódio, sensualidade e similares, torna-se impregnado de fluidos densos, cuja fuligem tóxica, aderente e nociva, superpõe-se em camadas, a exigir drenagem para clarificar-se. Quando esse fluido "petrificado" através dos séculos é atraído pelo magnetismo natural do corpo físico, que funciona qual esponja absorvente ou redutor de densidade, afeta o tônus vital da célula, trazendo como conseqüência imediata a redução nas funções de captação do fluido vital, do teor de oxigênio, forçando-a a sobrecarga de carbono, com efeito lesivo para o seu núcleo. Sobressai-­se o processo cancerígeno, no ponto mais frágil ou vulnerável do organismo. Movidas pelo instinto de conservação, essas células deficitárias multiplicam-se desarmoniosamente, na ânsia de reter o oxigênio escasso. Obedecem à mesma lei da multiplicação de hemácias, quando o indivíduo passa a habitar grandes altitudes, onde o oxigênio é deficiente. Viver é preciso! Essas células invadem o organismo instalando o caos orgânico, mas também liberando do perispírito o "piche", produto mórbido das más paixões. Exasperam-se os cientistas nas prováveis explicações para esse quadro. Vasculham, das radiações ionizantes até as alterações enzimáticas, que atuam contrariamente à economia celular. Mas, a terapia acadêmica surte efeito apenas nos casos onde a toxidez perispiritual se esgotava, sendo os demais casos solapados pela morte ceifadora. A depender da resignação do Espírito, que por sua vez reflete perispiritualmente as suas novas e melhores condições, se as conquistou, segue-se a modelagem com o seu auxílio mental, ou sem ele, ocasião em que os técnicos, empregando a divina terapia da reconstrução de órgãos, procuram auxiliá-lo no difícil recomeço da paz orgânica. Que se adentre na pesquisa a Medicina, mas, observando o homem em sua plenitude, como ser imortal, enquadrado no pensamento evangélico que prescreve as boas obras como fatores determinantes para a saúde do Espírito. Esse determinismo é flexível em alguns pontos, pois ajusta-se à vontade do Espírito, de vez que ele, reconhecendo-se devedor, pode a qualquer instante do hoje iniciar o resgate da dívida, desobstruindo o futuro da parcela de determinismo que o aguarda. A doença, pois, não é um castigo de Deus, que não chegaria à mesquinhez de anotar crimes para depois puni-los com a desgraça. Ventura ou sofrimento são criados por nós e para nós, sendo outras variáveis filosóficas a respeito do destino humano meramente especulativas e vazias de bom senso. Busque-se, pois a patogenia onde ela se encontra, ou seja no perispírito, lá impressa pelos desmandos do Espírito. Difunda-se a profilaxia onde ela é mais eficiente; no pensar e no agir de cada um. Instale-se a terapia, obedecendo à triplicidade do homem, Espírito-perispírito-corpo físico, para que o reinado dos paliativos não se perpetue sobre a Terra. Lembremos nossos antepassados, quando afirmavam que um corpo são é produto de uma mente sã; e Jesus aconselhando ao doente curado: "Vai e não peques mais, para que não te aconteça algo pior." Com esse conselho, Jesus demonstrou a teoria comprovada em nossa pele, que a doença é apenas a prática do pecado (erros) cometido por nós, contra nós ou nossos semelhantes. Em razão do exposto, concluímos isto: Nas ruas, entre outras variáveis de desequilíbrios, podemos observar o mendigo que nos estende as mãos, que poderá ter sido o avarento; o deficiente mental, o ex-­viciado em drogas; o canceroso, o ex-suicida; os oligofrênicos, as inteligências pervertidas; o cardiopata, aquele que perfurou o coração do seu litigiante, etc ... Não nos preocupemos em rebuscar-lhes as lembranças, nem colocar-lhes ácidos nas chagas do refazimento. É o cumprimento da lei que se opera, o que não nos impede de oferecer-lhes o medicamento do trabalho e da oração, na certeza que Jesus, o médico divino, vela por todos nós, enfermos. Para o estudo das doenças em nível perispiritual, os Espíritos vieram ao encontro dos nossos anseios, resultando nos apontamentos adiante relacionados: Primeira visita "Observo um Espírito que ingressou no recinto agora, e que se dirige em minha direção. Ele tem um roupão branco e é um pouco calvo, aparentando talvez 50 anos. Ele pede que eu fique de frente para o meu corpo, pois dele eu saí de costas. Estou me vendo de frente. Minha roupa não é idêntica à do meu corpo. Uso o mesmo roupão que ele. Do umbigo vejo sair um cordão bem fino. - Se você tocar nele, sente a repercussão no físico? - Nosso amigo está pedindo exatamente que eu faça isso (tremor no médium). Voltei, logo que toquei o fio. Não estou mais desdobrada. Voltei independente da minha vontade, assim que o toquei. Novamente saí do corpo. O fio não é uma coisa compacta; parece formado por delicadíssimos filetes prateados. O instrutor está pegando em minha mão. Encontro-me a uns 20 centímetros afastada do corpo. Observo que estacionado aqui existe um veículo. - Que aparência tem esse veículo? - É como uma Kombi. Apresenta o seu tamanho, mas não tem pneus. Ele me adverte que devo entrar no veículo para uma visita a uma Colônia, onde se processam os mapas genéticos para os Espíritos que precisam encarnar. O carro não tem portas fechadas; as janelas são abertas à semelhança dos helicópteros. Ele está estacionado à altura da escada. - Você já se encontra no veículo? - Sim. Mas ele afirma que precisamos descer, pois já chegamos. (Não acredito!) Segundo ele, nos deslocamos em fração de segundos. Eu entrei no carro e num piscar de olhos cheguei aqui. Que coisa mais louca! - Você já se encontra na Colônia? - Estou em lugar verdejante. O carro está a meio metro do chão. O instrutor está me explicando que, para eles, a contagem do tempo é diferente. Não se processa como nós o aferimos. A rapidez foi tão grande, que não pude perceber nenhum detalhe da viagem. Posso afirmar, e ele confirma, que viajamos rápido como o pensamento. - Que tipo de energia move esse veículo? - Eu o estou observando agora. É semelhante àqueles botes que flutuam na água, deslizando sem o auxílio de pneus, remos ou hélices. A energia que o impulsiona é retirada do sol e armazenada; mas existe também um componente mental atuante que o direciona. Agora o carro se desloca. Engraçado é que neste instante não existe nenhum guiador dentro dele. Sai sozinho, como se fosse orientado por controle remoto. Vamos deixar as perguntas sobre o veículo para depois. Averigüemos o objetivo da viagem. - Estou entrando em uma casa, cuja arquitetura é antiga, à maneira colonial. Existem nela grandes colunas de mármore branco. O instrutor diz que tenho permissão para narrar tudo que vejo. Existem nesta casa amplos salões ocupados por mesas e pranchetas de desenho. Nestas, vejo mecanismos de regulação de espaços, bem como instrumentos para traçar retas, curvas, elipses, parábolas ... O material de desenho é farto. Muitos Espíritos se empenham em desenhos anatômicos. São jovens estudantes, senhores, mulheres. Interessante! As mulheres desenham órgãos como o coração, útero, ovários e órgãos reprodutores femininos. Quando elas passam o pincel, o risco parece da cor da carne, com veias e capilares, como se houvesse no papel a imagem mental do desenhista. É uma imagem já em definitivo, que quase não exige retoques. Alguns estão desenhando a musculatura. Vejo músculos cujos nomes me são passados: bíceps, tríceps, trapézio, costureiro, deltóide... Observo a musculatura da perna. Um dos desenhistas faz referências sobre o ligamento rotuliano e o tibial anterior. O desenho apresenta a musculatura com visão anterior e posterior. Ele é perfeitíssimo. São feixes de fibras que se entrecruzam e que se sobrepõem, encobertos por uma película, aponeurose, diz ele. Em outras pranchetas, os desenhos da estrutura óssea. Cada desenhista se detém em determinada parte do corpo. Neste setor da sala onde me encontro, são desenhados órgãos, músculos e ossos. Estamos indo para uma outra sala. Estou vendo um senhor idoso, que está desenhando um fígado. Neste, ele acrescenta certas fissuras. Pergunto-­lhe a razão dos cortes observados, e ele responde ser aquele órgão uma peça do mapa genético, desenhado para um reencarnante que foi alcoólatra inveterado. Será a conseqüência que ele irá sofrer, por haver danificado a sua matriz perispiritual, adentrando o mundo dos Espíritos como suicida involuntário. Estes caracteres que tracei nesta glândula, explica... representam um câncer que deverá surgir no corpo denso, que terá nessa víscera o seu ponto vulnerável, sendo inútil a tentativa de transplante neste caso. Dirijo-me para outra sala, que é separada da anterior por uma divisória de "vidro". Meu traje é uma bata lilás bem clara. O amigo do veículo continua comigo. Ele é um professor. Traz aquela varinha na mão para apontar no mapa os detalhes que devo passar para você. Agora ele cumprimenta um outro senhor. Este diz que é um de seus amigos, que participou com você de alguns estudos em universidade na Alemanha e que continua em contato através de estudos nunca interrompidos desde então. Ele está recolhendo todos os desenhos feitos na sala onde passei e os coloca sobre uma grande prancheta. Um dos desenhistas está fazendo a junção de todas as peças desenhadas, enfatizando os problemas futuros a elas relacionadas, ou seja, vigor ou deficiência, na futura encarnação. Todas as peças desenhadas vão para o corpo do companheiro suicida involuntário, cujo fígado observei. O coração possui a dimensão maior do que o órgão de uma pessoa normal. Os pulmões vão apresentar deficiências pelo vício do fumo. Ele nos diz que muitos órgãos vão estar comprometidos na futura encarnação, devido aos vícios e excessos do companheiro que os portará. Interessante é que esse seu amigo junta o papel, com os desenhos anatômicos dos músculos, ao papel onde está a estrutura óssea; e é como se houvesse um acoplamento. Fica como aquele papel manteiga, onde você consegue distinguir o outro lado. O encaixe é perfeito; um é o complemento do outro. Vejo quando ele coloca o coração parecendo aderir ao mediastino. Estão formando o mapa genético. Todo o corpo humano aparece nos mínimos detalhes. Esse irmão, cujo mapa lhe retrata as condições futuras, quando completar aproximadamente 45 anos, apresentará um problema no fígado, que deverá generalizar­-se em um câncer, espalhando-se por todo o organismo. Mostram-me agora um outro mapa, destinado à mesma pessoa. Este apresenta o corpo após a instalação da doença. O fígado é como uma geléia. O coração totalmente arroxeado; os pulmões dilacerados; o estômago se diluindo e os rins com imensa dificuldade de filtrar o sangue. Todo o sistema orgânico e glandular estão danificados. Assim serão as condições futuras do encarnante, conclui o instrutor. - Todas essas informações vão ser incorporadas ao perispírito dele e, quando chegar o tempo, vão rebentar? - É isso mesmo! A diferença entre os dois mapas é muito grande e notória. As informações serão esquematizadas para que, em época devida, se concretizem com detalhes e minúcias planejadas, mas, em verdade, já se encontravam registradas no perispírito sob a forma de fluido nocivo a exigir drenagem, o que se fará através do corpo físico. Seguimos para uma outra sala. São salas contíguas que se interligam por portas e "vidros" divisórios. Já não estou mais de bata lilás. Esse troca-troca de roupa por aqui me deixa intrigada. A vestimenta agora tem a cor verde bem terno, quase branco. O instrutor sorriu da minha observação sobre a roupa e está me explicando que ela obedece ao fluido predominante no ambiente. Esta sala é mais ampla que as demais. No canto, sob a forma de uma câmara de vidro, observo o irmão que se candidata ao reencarne. Esta câmara, leva o perispírito a recolher-se, a diminuir. Ao lado, mas no interior da câmara estão pregados os dois mapas em tamanho natural, em todas as formas e cores. São os mesmos mapas que observei. É como se fossem figuras em raios-X, colocadas em contraste para observação. O Espírito que está dentro da câmara parece ter que assimilar aqueles desenhos. A impressão que eu tenho é que ele terá que guardar em si os desenhos mesmo contra a sua vontade. Seu perispírito vai reduzir-se com todas as informações mapeadas e arquivadas em sua tessitura. Tudo que foi desenhado será considerado como informação concreta para o novo corpo. Ao ser ligado o perispírito com o óvulo fecundado, o corpo, que deverá formar­-se, o fará obedecendo a tudo que foi programado. Reafirma que a matriz perispiritual se reduz, obedecendo rigidamente aos desenhos da parede. O professor fala que vamos assistir em frações de minutos ao que ocorrerá com o corpo perispiritual desse irmão, após haver assimilado o conteúdo dos mapas. Vejo, como em um desenho animado acelerado, seus órgãos mudando de forma e ajustando-se aos detalhes do desenho. Esse irmão ainda não passou pela redução perispiritual. Encontra-se na fase de assimilação das futuras formas. Breve, quando o óvulo amadurecer e for fecundado, ele estará pronto para ser acoplado ao útero daquela que lhe será mãe na Terra. Pode ocorrer - mas não é comum - que o Espírito rejeite as novas formas para ele desenhadas. Sabe que as merece, mas não possui a força moral de aceitá-las; interferindo mentalmente, ele, através da rejeição ao novo corpo, pode provocar um aborto natural. Nesse caso, o aborto surge porque o Espírito, não perdendo totalmente a consciência para o reencarne, promove o rompimento dos laços que o prendem à mãe, aumentando o seu débito para com as leis da vida. Essa vigilância da sua consciência, embora um pouco entorpecida, prende-se ao fato de não aceitar a nova fôrma material, tomando-se de expectativa, onde a mente não apaziguada (embora de perispírito reduzido pela câmara) consegue atuar no sentido de rejeitar a situação. Para evitar tais processos de fuga, os Espíritos se vêem forçados a submetê-las, quando reincidentes, às encarnações compulsórias, onde a influência mental do encarnante é neutralizada, mergulhando ele na carne para enfrentar o devido resgate. - Por que, no lugar de tentar um aborto posteriormente, o Espírito não se recusa a "absorver" esses mapas que estão na câmara? - Mas isso não depende dele. Ao entrar na câmara, essa assimilação se faz à sua revelia, não podendo ou não tendo meios de se livrar da situação. Repete o instrutor que isso independe da vontade de quem vai encarnar, pois os técnicos que estão no comando é que possuem as rédeas do processo. A assimilação do corpo saudável se faz necessária, porque ele precisa ter uma vida equilibrada, com saúde, para depois, mais tarde, manifestar a gama de anomalias ou deformidades orgânicas que lhe estão destinadas. Se houvesse apenas a infiltração do corpo doente, ele já nasceria com as citadas patologias, previstas para anos após o nascimento, e não cumpriria a existência necessária em suas peculiaridades. São casos onde o Espírito necessita de um tempo de vida saudável para cumprir determinadas tarefas a seu favor e de outros Espíritos a quem deve. Por outro lado, se houvesse apenas a infiltração do desenho do corpo sadio, ele não resgataria o seu carma. - Gostaria de saber como os técnicos fazem essas deformidades ou deficiências aparecerem, mais ou menos naquela faixa de idade, como nesse companheiro aos 45 anos. - Ele explica que a natureza se encarregará disso. Por exemplo. Esse Espírito um dia poderá tomar um remédio com data de validade vencida e ter uma hepatite, daí desencadear o processo cancerígeno. Pode reincidir e tomar alguns goles ... No mais, sua constituição genética será preparada para apresentar essas tendências, como uma bomba-relógio a explodir mediante o gatilho preparado em seu perispírito. Complementa dizendo que o espermatozóide que lhe proporcionará a carga genética será atraído magneticamente pelas suas condições vibratórias de "devedor", não lhe sendo possível escapar a esse destino. Estamos falando de determinismo, não? Nesse caso específico sim. Embora cada caso exija suas especificidades, débito é débito e precisa ser ressarcido." Segunda visita "Já estou desdobrada e noto que a sala aumentou muito em suas dimensões. Tem agora oito a dez vezes o seu tamanho. Encontro-me no início da sala, próximo à porta de entrada. No meio, onde está à mesa junto à qual meu corpo físico está sentado, existe uma espécie de iluminação, algo como uma flor ou uma estrela, com muitas lâmpadas, colada no teto. Esses refletores irradiam a luminosidade por toda a sala. O restante das cadeiras estão arrumadas como em um auditório. Na primeira fila, estão quatro entidades, sendo que três delas são conhecidas. Elas me convidam para juntar-me ao grupo, o que aceito. Estão me advertindo para manter atenção máxima em uma tela muito branca, situada na parede à nossa frente. A tela está em penumbra, pois a luz do refletor não a atinge com intensidade. Ali vai passar um filme e eu tenho a missão de transmitir em detalhes para você tudo a que assistir. Mas o interessante é que o filme irá parar quando você apresentar alguma dúvida ou indagação sobre o que estiver sendo exposto. O instrutor diz que você pode sentir-se à vontade para qualquer pergunta. Nós vamos tomar conhecimento desse filme, como se o evento estivesse ocorrendo neste momento, e não como um acontecimento já transcorrido. Ele pede atenção para os detalhes. São coisas simples e não vão exigir estudo aprofundado para o entendimento. A primeira cena é de uma sala de hospital. Vejo dois leitos. Em um deles está um rapaz que conheci através das nossas visitas ao leprosário. Seu corpo ainda encontra-­se bastante ulcerado pela hanseníase. No outro leito, um paciente com o abdome muito alto, com poucos cabelos, devido ao tratamento a que foi submetido, cujo objetivo era impedir o avanço implacável de um câncer que o devorava, o câncer era no esôfago; ele aparenta sentir ainda muitas dores, o instrutor faz uma pausa na fita para explicar o que vem a seguir. O que se segue é o desencarne dos dois rapazes. Vejo duas equipes espirituais que se dirigem para os leitos. No primeiro caso, o corpo perispiritual enfermo, pairando acima do corpo físico, a uma distância muito pequena. O perispírito aparece amarrado por muitos liames, como se fossem fitas presas aos chacras. Eles vão começar pelo hanseniano. Quatro técnicos iniciam a aplicação de passes enquanto um outro ajuda no desenlace das fitas; ainda um outro procede anotações sobre uma ficha. - Esse desenlace é feito rompendo as fitas? - Não, elas não são quebradas. São apenas desligadas. Isso é feito com o auxílio dos passes. Todos eles emitem, através de suas mentes, fluidos para esse desenlace. Nenhum dos passistas toca os plexos. Apenas o companheiro, que auxilia no desenlace, faz movimentos em cada plexo, o que acarreta o desligamento dessas fitas. Estas vão se abrindo como um laço que se desfaz. O desligamento teve início de baixo para cima, ou seja, inicialmente nas pernas. O rapaz que está anotando fica em posição que me permite ver o que está escrevendo. Vou passar os dados para você. Em cima está escrito: Pedro da Silva Cavalcante, 38 anos. Nascido aos 18 do mês de fevereiro. Deveria passar pela hanseníase como resgate de uma vida de muitos abusos. Mais embaixo, ele coloca assim: processo pelo qual a doença se instalou: ao nascer, o indivíduo já trouxe consigo o germe da doença. Aos 20 anos a doença aflorou após 12 anos de incubação; contágio: leve contato com alguém portador. Agora ele escreve: operação a ser efetuada após o desencarne. - Um instante. Essa ficha que você está observando é elaborada para todos os desencarnantes? - Não. Só para aqueles indivíduos que necessitam de restauração de órgãos. Nas mortes naturais ela não é necessária. Voltemos ao desencarne. Por último ele deixou o plexo cardíaco, a região do coração. Estavam aguardando que eu terminasse de ler a ficha para você. Ao desligar esse último plexo, todas as feridas, manchas, chagas, estão muito evidentes no perispírito, que é colocado sobre uma maca. O perispírito agora está em observação, para que seja determinado o tipo de tratamento pelo qual passará. Voltamos para o rapaz das anotações. Existem duas pessoas a mais na cena do filme. São médicos, técnicos em cirurgias dos casos em estudo. - Esse hanseniano vai levar muito tempo para ficar curado? - Não. Ele responde que é só o tempo necessário para que ele recobre os sentidos e queira participar do seu restabelecimento. A cirurgia, voltando à observação da ficha, será: recomposição de células danificadas pela doença e eliminação de fluidos ligados à sua problemática. Claro que ele tem que ajudar com a sua conscientização e boa vontade. - Como será feita essa eliminação de fluidos? - Através de passes dispersivos e aparelhagem específica, espécie de sugadores. Já passamos ao caso seguinte, o do moço que teve como causa de morte o câncer no esôfago. Observando-o, vejo que ele padece de grande falta de ar. Do lado de sua maca encontra-se um aparelho cuja função é auxiliar a sua respiração, levando oxigênio a seus pulmões. Enfermeiros ministram passes e noto, saindo de suas mãos, gotas que são absorvidas pelos poros do paciente. Tal como no caso anterior, aqui também tem alguém fazendo anotações em uma ficha. Se você deseja, eu posso narrar o nome e os detalhes ligados a este caso. - Se houver tempo e condições, sim. - José Belarmino de Sousa. - Idade: 36 anos. - Naturalidade: Petrolina - Pernambuco - Trouxe no perispírito os fluidos densos da doença devido ao problema cármico. Em encarnação passada envenenou-se por ingestão de ácido, infeliz e sofrido evento que resultou em avarias e danos em todo o tubo digestivo. Ao encarnar, trouxe uma deficiência nesse aparelho, caracterizada como um estreitamento do esôfago, que com o passar do tempo, imprimiu-lhe a dificuldade de engolir. Aos 21 anos, ele teve uma espécie de engasgo com uma espinha de peixe, ferindo-lhe o esôfago. Esse fato fez com que aquela área ficasse propícia ao ataque da moléstia. Falo com o técnico que anota. Ele me diz: parece uma coisa boba, mas é a lei. O desenlace nesse caso é mais doloroso por causa da falta de ar. Quando o último plexo fica ligado, o cardíaco, ele se mostra mais agitado, gesticula bastante, diferindo do outro que foi mais calmo. Segue-se a aplicação de passes e ele dorme. Acima dele, o perispírito é retirado para ser colocado em uma maca. Observo o seu esôfago. Desde a região da glote até a traquéia, chegando ao estômago, os tecidos encontram-­se escurecidos e necrosados. A cirurgia pela qual ele passará será semelhante caso anterior. Vão eliminar tudo aquilo que possa estar na mente dele repercutindo ­prejudicialmente em seu perispírito dificultando o restabelecimento. Será necessário dispersar, como no caso anterior, aquele mesmo fluido, ao qual me reportei, e repor células danificadas. - Será uma substituição de células? - Sim. Não será uma regeneração de tecidos, e sim uma reposição." Terceira visita "Saí! O instrutor afirma que iremos estudar dois casos de muita significação em nossa pesquisa. Veremos crianças xifópagas e o caso de uma criança que irá nascer sem o cérebro. Esse assunto foi escolhido para hoje (nascimento da criança sem o cérebro) devido ao acontecimento ocorrer dentro de alguns minutos em um hospital próximo, onde uma equipe de técnicos do nosso lado (desencarnados) já se encontra a postos para o estudo. Apressemo-nos, diz ele, pois a criança terá apenas alguns minutos de vida e logo desencarnará. Conosco estão seis outros aprendizes, que se dizem estudantes como nós. Três deles são mulheres, estudantes de Medicina que pediram para assistir à nossa reunião e indiretamente aos casos narrados, ora em desdobramento. O técnico que nos assiste já foi médico ginecologista e fala que ocorrem nascimentos de crianças sem a coluna vertebral e com outras malformações tão graves quanto esta. Primeiro assistiremos ao nascimento; depois examinaremos o perispírito da criança. Já chegamos à "Maternidade Assis Chateaubriand" e estamos indo direto para a enfermaria, onde várias mulheres gestantes esperam seus bebês. É uma enfermaria coletiva. Vejo uma jovem de aproximadamente 27 anos que está para dar à luz a criança que viemos observar. Ela não sabe ainda, pois é de procedência muito pobre e não teve condições de fazer o pré-natal. Estamos acompanhando a jovem na maca. Ela já se encontra em posição de ter o bebê, pois foi trazida, quase na hora de parir, para a sala de cirurgia. Observamos um médico e uma enfermeira, encarnados, e o nosso instrutor, tecendo comentários a um dos alunos que nos acompanhou. Vejo que a bolsa já se rompeu e o bebê começa a nascer. A cabeça dele está saindo agora. Mas ela não é compacta, não possui a rigidez, a solidez das outras... você me entende? É como tênue cartilagem guardando uma porção gelatinosa. Vejo os olhos, o nariz, a boca, mas não tem os ossos cranianos fortes. É uma cartilagem meio transparente. - Como ele sobreviveu dentro do útero? - Era necessário que esse Espírito passasse nove meses de gestação vivendo o clima carnal. Os técnicos utilizaram para com ele de recursos magnéticos e fluídicos retirados da mãe e deles próprios, que estavam auxiliando no processo reencarnatório, para mantê-lo vivo. Percebo que o coração dele bate, mas nossos amigos afirmam que ele não sobreviverá mais que quinze minutos. Mesmo nascendo sem cérebro a sua vida uterina foi valiosa, porque modelou uma cabeça. Os ossos cranianos foram plasmados de maneira frágil, e modelaram-se os olhos, o nariz, a boca... Houve a esculturação pela Natureza, auxiliada pelos bons Espíritos. Ele foi um suicida que esfacelou a cabeça quando atirou no ouvido, fragmentando o cérebro. Não foi possível a ele nem aos técnicos modelar o cérebro, tornando-se urgente o seu reencarne, o que ocorreu quase imediatamente após o seu suicídio. Todavia, havendo sido modelado um novo corpo, isso muito o ajudará no mundo dos Espíritos, porque ele se impregnou de fluidos vitais da mãe, bem como os da matéria densa onde esteve mergulhado. Isso o ajudou; tanto pelo esquecimento temporário do seu problema, quanto pela pressão da matéria orgânica, impulsionando seu perispírito a obedecer os padrões anatômicos peculiares à espécie. Houve um avanço em sua modelagem, que será aproveitada pelos técnicos para promoverem os reparos cerebrais em definitivo, à medida que ele for despertando. Estes modelarão determinada zona do cérebro - da visão, por exemplo - e ele se conscientizará de que pode ver. Depois, a parte relativa à audição, ao tato e assim por diante. Mas o paciente em si pouco participará da modelagem devido ao seu estado de alienação. Em se tratando de suicidas, alguns até podem ajudar bastante na modelagem de órgãos menos complexos. O cérebro, como tradutor da memória do Espírito, é de tamanha complexidade, que somente os técnicos detêm os conhecimentos específicos para uma modelagem bem sucedida. A ajuda dele, portanto será insignificante; podemos até dizer que será em nível inconsciente, à medida que suas lembranças comecem a aflorar. É uma ajuda indireta, não resultante do conhecimento do processo de modelação, mas, pelo desejo de voltar à vida. Podemos agora averiguar as crianças xifópagas. Observaremos sob a ótica espiritual, de vez que pelo lado físico são dois Espíritos distintos ligados por um único intestino, ou seja, mantendo-se vivos ligados um ao outro pelo tronco. Nós os percebemos agora. Essas duas crianças devem ter aproximadamente 3 ou 4 anos de idade. Apresentam o aspecto em que desencarnaram e ainda permanecem nessa faixa etária por vontade dos técnicos que promoveram a reencarnação. Foram Espíritos rivais nos últimos três séculos, onde conviveram em litígio por quatro encarnações, ocasião em que cometeram muitos abusos, não se suportando um ao outro. A Providência Divina então os colocou juntos, nutrindo-se por um mesmo organismo. - Deixe-me situar-me. Eles nasceram xifópagos. Posteriormente desencarnaram aos 4 anos e continuaram na mesma condição e na mesma idade por imperativo dos fiadores da reencarnação pela qual passaram, a fim de evitar um despertar das lembranças com conseqüente reinício do litígio? - Sim. É necessário que continuem juntos. Se um deles despertar, será pior. Encontram-se com suas memórias adormecidas. Observo que só existe um par de pernas. A outra criança sai do tronco da primeira. É como um Y. Mas vejo, no Espírito que sai do tronco, as outras pernas, como sombras que ele não nota. - É como nos casos dos amputados, onde se nota a presença de uma fôrma? - Sim. Mas ele não percebe. Pergunto ao instrutor como é o perispírito dessas duas crianças. São dois perispíritos? - É tal qual um enxerto em vegetais. É como se um deles tivesse sido amputado pelas pernas e sido acoplado no tronco do outro. Ambos são alimentados por um mesmo estômago. - Para encarnar, como procedem os técnicos? Eles são reduzidos ambos ao mesmo tempo, ficando perispírito interpenetrando perispírito, para nascer nesse formato? - É como eu falei. Uma acoplagem na fôrma perispiritual. Um deles não tem as pernas do perispírito, mas a sombra que diviso são as pernas do corpo mental. Na hora da redução perispiritual um deles estava amputado, existia apenas o tronco, que foi acoplado à altura do estômago do outro. No renascimento eles utilizaram um espermatozóide especial, escolhido antes da fecundação. Essa célula reprodutora escolhida fecundou o óvulo, que não se partiu totalmente para gerar gêmeos normais, iniciando a multiplicação celular que deu origem a dois seres imantados um ao outro. No caso dos gêmeos univitelinos essa separação ocorre totalmente, culminando em crianças separadas e do mesmo sexo. Eles vão continuar ligados por algum tempo, e depois os técnicos irão separá­-los através de cirurgia. Posteriormente reencarnarão como gêmeos idênticos. - Quando essa cirurgia for feita, claro que um deles deverá ficar com o estômago e os intestinos. E o outro? Sofrerá um transplante? Uma modelação? - Nesse caso, a cirurgia trará a mutilação para um deles. Os técnicos utilizarão o corpo mental do mutilado para plasmar os órgãos ausentes. É ainda a modelagem do perispírito tendo como base o corpo mental, a que você já está acostumado a discutir." Quarta visita "Estou desdobrada, mas é como se eu tivesse adormecido; quando acordei já estava neste local. (Essas coisas me deixam meio atordoada, sabe?) É um hospital muito grande; tal qual uma colônia. Parece existir de tudo que se utiliza em uma comunidade qualquer. Igreja. Centro Social, praças... Antes de entrar, vestimos uma roupa, espécie de capa contra a chuva, que cobre meu corpo até os pés. Na porta leio: "Centro Dermatológico." Penetramos numa ala à direita, onde vejo uma placa: "Hanseníase". Parecemos passear. O instrutor mostra tudo. Observo pacientes com grandes manchas na pele. Alguns com ferimentos profundos; outros já mutilados pela doença; muitos, adormecidos; outros, em aflição. Ele não me deixa demorar e já vai mostrando outra área. Nova placa surge: "Câncer Dermatológico". Interessante! Neste setor as pessoas são desfiguradas. Não possuem nenhum pêlo na cabeça. O corpo mais parece uma esponja vermelha. Ele aponta para outras alas, mas afirma que hoje irá mostrar uma das maneiras de restaurar células epiteliais danificadas por essa doença. Lembra que as causas dessa enfermidade todos nós conhecemos. Estão nas fichas cármicas e relacionam-se com hábitos e atitudes passadas. Vamos caminhando e atingimos o "Centro Cirúrgico", no que penetramos em seus aposentos. Não há nada aqui dentro que impeça a entrada de alguém. Indago sobre contágio e isolamento, e ele explica que geralmente adquirimos determinadas doenças quando estamos comprometidos através do carma, para passarmos por aquela prova. Caso contrário, é como se existisse uma imunidade natural da pessoa com relação a ela. Apesar do contato com a doença tornar algumas pessoas resistentes contra seus efeitos, nunca é demais tomar os cuidados necessários, por causa dos familiares ou circunstantes com os quais se convive. Profilaxia e assepsia nunca são cuidados demasiados no capítulo da Medicina material ou espiritual, enfatiza. Estamos observando um irmão na mesa cirúrgica. Os médicos colocam uma máscara em seu rosto, como se o anestésico agisse através do gás lá contido. Todavia, aplicam um líquido rosa na veia. O líquido vai fazer o papel de soro. - Que gás é esse existente na máscara, que anestesia e faz adormecer? - É um relaxante. Sua função é neutralizar qualquer sensação, deixando o paciente entorpecido. Passado o entorpecimento, após a cirurgia, ele volta ao normal. Isso ocorre quando não precisam de sua mente atenta, auxiliando na cirurgia. Como a restauração é apenas no tecido epitelial, esta é feita pela vontade dos técnicos, sendo que o paciente já foi advertido do efeito benéfico em sua pele, manifestando preliminarmente o desejo de recobrar o que perdeu, ou seja, a saúde. Quando ele acordar, atuará no sentido de manter as modificações impostas, com otimismo e a certeza de que ficará curado. Em alguns, os ferimentos são profundos, sem haver mutilações. Vejo o ferimento na perna de um senhor, onde aparece a tíbia. Os técnicos estão colocando uma espécie de gaze, parecida com algodão-doce, algo muito macio que, ao tocar o ferimento, parece diluir-se. Em seguida tomam um aparelho à semelhança de um spray, explicando conter dentro dele um líquido que auxilia na recomposição celular. Adicionada ao líquido, está a energia vitalizante, que é a mesma vital humana. Esse líquido exala um odor forte de remédio, mas não chega a ser desagradável. Após colocar a gaze e jatos de spray por cima, através de movimentos circulares, vejo a gaze se dissolver e aderir à ferida, como se passasse a fazer parte do tecido, recompondo-o. De imediato vai fechando, diminuindo o espaço onde se via o osso da perna. Não entenda como se o processo fosse qual mágica, rápida e definitiva. Você assistiu a demonstrações em pacientes conscientes e desejosos de sua regeneração, que mesmo assim estão aqui há algum tempo. Dirijo-me a outra maca, onde se encontra um rapaz cuja área cirurgizada recebe uma faixa, isolando-o de qualquer outro contágio. Ele está sendo colocado em uma cabina de "vidro", espécie de UTI. O rapaz, portador de câncer de pele, está recebendo tratamento idêntico ao descrito (gaze e spray). Esse paciente era fumante e usava drogas injetáveis. - Mas o câncer dele é na pele ou nos pulmões? - Manifestou-se na pele como ulcerações no tecido epitelial, mas de gênese interna. Sempre temos algo de mais sensível em nós. Podemos adquirir um problema renal, quando os rins constituem a parte sensível do corpo, e dali a deficiência generalizar-se para outros sistemas, enfermando-os. Nesse rapaz, os órgãos agredidos foram os pulmões, mas a parte sensível é a pele. À medida que utilizava drogas injetáveis, provocou uma ulceração nas células do tecido epitelial, que foram enfraquecendo até se tornarem cancerosas. Foi um encadeamento de várias moléstias, culminando com o câncer comum de pele. A droga injetável foi para o sangue, que a levou a todos os órgãos, afetando assim a parte mais sensível. Para alguns essa sensibilidade é o coração; para outros, os pulmões; para ele, é a pele. O instrutor comenta ainda que alguns recebem tratamento de emergência para que possam reencarnar sadios, sob a promessa de, a duras penas, conquistarem de vez o equilíbrio de seus Espíritos. Ocorre, que sempre há os que voltam em piores condições, pois, portadores da sensibilidade, da predisposição à doença, abusam da condição de "liberdade condicional" e voltam aos cárceres que construíram para si próprios. Tais companheiros, quando partem daqui, reafirmam o compromisso de resistir até o limite de suas forças; e, levando o corpo "saudável", esquecem de dirigir o barco da vida sob a orientação do trabalho, buscando, em meio às turbulências, as seguras correntes da fé, traduzidas através da oração e da vigilância. Sob tais condições, tudo depende de sua atuação como timoneiro. Enfrentando borrascas e ventanias, é de se esperar alguns naufrágios; porém, há marinheiros que vencem o intranqüilo mar dos nevoeiros, evitando os acidentes de percurso, nunca insuperáveis para quem se escuda na confiança em Deus e tem como porto seguro a paz de consciência. Estão nos dizendo que a visita terminou. Volto com eles. Estou levando dois frascos contendo material para exame durante o nosso sono físico. Em um dos vidros está a gaze e no outro o líquido rosa usado como soro. Logo mais, enquanto dormirmos, poderemos voltar para o Centro, e lá pegar, cheirar, analisar, fazer experiências com esse material. Deus nos ampare em nossas pesquisas! É o que dizem na despedida." Obs: O desenho de um corp humano e sua contraparte espiritual, onde mostra um câncer de estômago, não colou neste espaço, mas é a doença lá na contraparte focando no fisico e instalado-se o câncer no estômago físico. Fim!.... CAPÍTULO 50 O LABORATÓRIO DA NATUREZA Responder Encaminhar
Nova janela Imprimir tudo« Voltar para Caixa de entradaArquivarDenunciar spamExcluirMais ações‹ Próximas 39 de 1090 Anteriores ›Para escrever a mensagem em uma nova janela, pressione "Shift" e, ao mesmo tempo, clique em "Escrever e-mail" ou "Responder".Você está usando 1128 MB (15%) de 7261 MB no momento.Última atividade da conta: 22 minutos atrás neste computador. DetalhesGmail visualizar: padrão desativar o bate-papo HTML básico Saiba mais©2008 Google - Termos - Política de Privacidade - Página inicial do Google

MEDICINA DA ALMA

MEDICINA DA ALMA
P/espírito Joseph Gleber
Médium: Robson Pinheiro Santos
Editora: Casa dos Espíritos
Biografia do irmão Joseph Gleber
Nasceu na cidade de Hoffenbach, no dia 15 de agosto de 1904. Era filho de judeus e, por isso, encontrou dificuldades para fazer os seus primeiros anos de estudos, devido, devido ao imenso preconceito reinante e à frieza com a qual era tratado, embora tenha nascido em território alemão. Depois de muito trabalho, de muita luta, dedicou-se com afinco aos estudos, transfe­rindo-se posteriormente para a capital. No Instituto de física da Alemanha fez o curso superior, graduando-se em física. Em seguida, viajou para Viena, onde aperfeiçoou-se na Universidade de Viena. Ainda na capital austríaca, aproveitou o tempo para estudar Medicina, o que lhe foi de imenso proveito, pois sabia, por intuição, que mais tarde iria enfrentar grandes lutas em seu país, sendo um judeu nascido na Alemanha, e poderia beneficiar outras pessoas com o seu conhecimento a respeito da saúde e das enfermidades.
Na cidade de Viena, após longa permanência, enamorou-se de uma jovem, igualmente filha de judeus comerciantes da capital austríaca, cujo nome era Herta Mislooy, nascida em Salzburg, na Áustria. Casando-se com ela , voltou para Alemanha, indo morar em Berlim, onde passou a trabalhar na Medicina e a lecionar física
em comunidades judaicas, principalmente para aqueles mais pobres, atendendo gratuitamente em sua atividade médica. Em 1935 teve um filho, Rudolph e outro em 1936, de nome Kleine, quando a saúde de sua esposa veio requerer maiores cuidados de sua parte. Passado o transtorno, pôde, em seguida, desenvolver longo contato com Enrico Fermi, cientista italiano, o que lhe possibilitou um maior aprofundamento em pesquisas atômicas junto com alguns cientistas que realizaram na época, pesquisas nessa área. Logo após esse período, em conseqüência dos estudos realizados em Viena e das muitas publicações que fizera em boletins especializados de época e, principalmente dos estudos realizados sob a orientação de Albert Einstein e outros grandes cientistas de então, Joseph Gleber foi solicitado pelo Governo da Alemanha para ingressar na equipe de física do Governo, pois o seu conhecimento era tal que despertava admiração nos físicos e estudiosos alemães. Logo no início da guerra, foram confinados em campos de estudo e laboratórios completos, que lhes foram dados para que desenvolvessem estudos de aperfeiçoamento dos combustíveis que eram utilizados pelos alemães. O Dr. Joseph Gleber não sabia que esses combustíveis seriam usados nas destruidoras bombas voadoras, desenvolvidas por outro físico, que espalharam muito sangue na Inglaterra, fazendo sofrer multidões de vidas inocentes.
Os alemães eram muito desconfiados e dividiam o seu trabalho em equipes, coisa natural num tempo de guerra. Por isso, essas pesquisas eram realizadas por partes e apenas os que estavam no comando, ou diretamente ligados a ele, poderiam juntar as partes pesquisa das e chegar ao seu término, com produto final. Isso se dava em todas as áreas, conforme nos relata o nosso irmão Joseph.
Após a ofensiva na Inglaterra, os cientistas foram trocados de lugar, pois alguns deles estavam ilhados sem muito contato com o resto do Comando Supremo. Foram todos orientados para desenvolver estudos e experiências, manipulando dados que lhes dariam subsídios para a criação da bomba atômica, pois, naquela época, já se sabia muito a respeito do assunto. O Governo alemão indicou pessoas de sua confiança, alguns cientistas como Joseph Gleber, Oppenheimer, e outros físicos, para realizarem as experiências necessárias para a construção de uma bomba nuclear, visando uma possível vitória sobre os outros Países, para submetê-los ao seu domínio tirano.
Segundo o Dr. Joseph, ele percebeu a tempo o que se passava e as conseqüências, se caso ele trabalhasse nesse projeto. Então ele resolveu: não terminaria a parte que lhe fora confiada, adiaria ao máximo o projeto que lhe correspondia. Muito embora os outros cientistas alemães já houvessem terminado a sua parte, de nada adiantava, pois dependiam dos estudos do Dr. Joseph Gleber, que nunca os terminava. Fala-nos o amigo Joseph Gleber: "Oppenheimer já terminara aquilo que lhe fora confiado nos estudos e experiências relativas à bomba; Von Brown, já muito adiantado em seus estudos, unira-se com outros cientistas a fim demais rapidamente promover o poderio Alemão; outros companheiros terminaram os testes e desenvolveram a sua parte, conforme foram solicitados, e eu, apenas, atrasava a minha parte, por chegar à conclusão de que não deveria participar desse projeto terrível. Foi quando o alto escalão do Governo resolveu cobrar-me a parte confiada, pois, sem ela, não poderiam concretizar os planos da bomba atômica, e então descobriram que eu estivera protelando este tempo todo, justamente para adiar o resultado, até que houvesse alguma interferência para impedir os desvarios do Comando Supremo da Alemanha. Sem as minhas pesquisas, ficariam impossibilitados de qualquer realização na área atômica. A minha decisão fora tomada após muitas lutas intimas, pois eu sabia quais riscos correria. Não somente eu, mas também minha família. Após meditar muito, recorrer aos valores morais adquiridos em anos de lutas e dificuldades interiores, não hesitei. Preferi sacrificar a mim e aos meus, a sentir na consciência o peso da destruição de milhões de vidas inocentes que sucumbiriam, caso a Alemanha tivesse o domínio da bomba atômica."
Continuando, o amigo espiritual falou-nos: - “E assim, no dia 13 de abril de 1942, fui levado com a minha mulher e meus dois filhos, para dentro de um forno crematório e fomos todos cremados vivos. Até hoje me alegro por haver tornado esta decisão e pude constatar que foi graças a ela, que o poder do 3° Reich não logrou seus intentos em muitas de suas iniciativas. Com certeza, os Imortais, que dirigem o nosso mundo, confiaram em nós e por essa confiança e convicções de meu espírito quanto aos valores eternos, continuei deste lado a trabalhar para que meus irmãos pudessem compreender e valorizar a vida sob qualquer forma que ela se manifeste, com o apoio da Providência. Tenho certeza que aquilo que realizei foi indicado por nossos amigos do mais Alto e, assim sendo, fomos convidados para promover o estudo e o trabalho que auxiliem nas tarefas as quais nos dedicamos".
Agora, através deste trabalho despretensioso, Joseph Gleber, fazendo-se sempre presente, ora através da vidência, ora da audição e, na maioria das vezes pela psicografia, o amigo espiritual vem brindar-nos com alguns esclarecimentos a respeito de temas variados, embora todos conservem como cerne as questões a respeito da saúde espiritual. Devemos a este amigo, os conceitos destas mensagens esclarecedoras, convindo observar que elas conservam um caráter pessoal, do seu autor espiritual, com apontamentos que representam o seu próprio pensamento, destituído de qualquer ortodoxia ou espírito sectarista.
O médium.
PERGUNTAS E RESPOSTAS
As perguntas aqui apresentadas foram formuladas pela equipe de voluntários da Sociedade Espírita Everilda Batista, instituição sem fins lucrativos, parceira da Casa dos Espíritos Editora, localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, MG, juntamente com alguns companheiros médicos e psicólogos espíritas que leram a primeira parte do livro e pediram alguns esclarecimentos ao autor espiritual Joseph Gleber.
Pergunta 01
A medicina, como a conhecemos, haverá de ser substituída por outra modalidade, em se tratando dos seus métodos de trabalho?
Joseph Gleber: O meu irmão não soube formular a pergunta de forma a representar o que pensou. No entanto, podemos dizer, a respeito do questionamento, que a Ciência Médica tem contribuído muito para amenizar os problemas enfrentados por meus irmãos de humanidade. Embora o pensamento materialista e mercantilista domine grande parte de profissionais da área médica, é inegável que se tem realizado em benefício da humanidade. No entanto, não podemos afirmar que a modalidade de trabalho, como se caracteriza a Medicina no atual estágio em que se encontra, desaparecerá, senão, que irá espiritualizar-se à medida que conceitos mais amplos venham sendo adotados pela ciência, que já se aproxima, a passos largos, da realidade energética do ser humano. Embora existam os núcleos de materialistas da área médica, já se pode observar a influência da homeopatia e de vários tratamentos alternativos que, aos poucos, vão se misturando à metodologia considerada ortodoxa. A ciência confirma o espírito e será, no futuro, a amiga inseparável das potências siderais que orientam os destinos do Orbe terráqueo.
Pergunta 02
Qual o mais importante, no conceito do plano espiritual: a alopatia, a homeopatia, os tratamentos à base de florais, ou outra forma de terapia alternativa?
Joseph Gleber: Já os florais, atingindo as causas emocionais de variados distúrbios, trabalham em dimensão ligeiramente diferenciada das doses homeopáticas, intervindo, de forma mais sutil, nos padrões energéticos da criatura. Portanto, em qualquer modalidade de tratamento, há que se considerar essa predisposição da qual falamos, para que a terapia empregada por meus irmãos desperte o efeito desejado. Não resta dúvida que os processos que empregam a homeopatia ou florais representam um imenso passo no campo de trabalho de meus irmãos na Terra, mas, igualmente, não se poderá ignorar o benefício que a alopatia tem realizado ao longo do tempo. Cada espécie de tratamento traz o seu selo de validade quando se trata de beneficiar o progresso humano. A alopatia é destinada, com mais amplitude, às pessoas que requerem métodos mais imediatistas e mais tangíveis no que concerne à ação no veículo somático, servindo, muitas vezes, de tratamento de choque para aqueles que delinqüiram no passado. A homeopatia, sendo elaborada em bases mais sutis, no campo energético das substâncias, atinge seu propósito em indivíduos que já trazem a disposição íntima para a atuação no campo magnético ou energético de sua constituição, o que requer uma certa predisposição para a atuação do medicamento homeopático.
Pergunta 03
Poderia o irmão nos falar mais a respeito do "tratamento de choque" referido, representado pelos métodos da medicina convencional?
Joseph Gleber: É muito comum ver-se o sofrimento de companheiros nos leitos de hospitais ou clínicas variadas, sofrendo as picadas das agulhas, as cirurgias dolorosas, as quimioterapias, os tratamentos de hemodiálise ou outros métodos desenvolvidos pela ciência para o tratamento de meus irmãos. Mas, nesses leitos de dor, ou nos processos sofridos enfrentados no dia-a-dia, vemos muitos carrascos e verdugos do passado, sofrendo os impositivos da lei de causa e efeito, quando trazem o seu corpo dilacerado pelo bisturi, seus membros rasgados pelas injeções ou seu corpo violentado pelos processos de tratamento considerados modernos, que servem para eles como os instrumentos de tortura os serviam no passado, promovendo a dor e o sofrimento em seus irmãos de humanidade. Eis um tipo de tratamento de choque, como exemplo, para meus irmãos.
Pergunta 04
Existe um planejamento no Mundo Maior para despertar os cientistas e médicos para a realidade espiritual do ser humano?
Joseph Gleber - Logicamente, não ignoram meus irmãos, que todo progresso do mundo guarda sua fonte nos planos imortais da vida, do que se pode deduzir que a própria vinda do Consolador, como uma ciência divina, reflete o esforço maior do Mundo Espiritual para a espiritualização, não apenas de uma área do conhecimento humano, mas de toda a humanidade.
Pergunta 05
No campo das emoções, poderá o irmão nos esclarecer como os problemas de depressões, fobias e angústias podem surgir em nosso íntimo, para se manifestarem como enfermidades físicas?
Joseph Gleber: Vocês não ignoram a realidade de que tudo no universo representa determinada forma de energia. Dessa maneira, os pensamentos, as emoções, as angústias, os traumas e outros conflitos de natureza emocional, se traduzem por uma vibração energética que influi, de maneira intensa, no magnetismo peculiar das células físicas, através dos chacras, localizados no duplo-etérico, encontrando, nesses estados psíquicos, o clima adequado para despejar, no veículo somático, os resíduos psíquicos, que se traduzem em enfermidades variadas. A forma que se encontra para evitar tal problemática, é manter-se ocupado, a mente e o corpo, com atividades úteis e nobres, acalentando o equilíbrio e o otimismo em todas as situações da vida, a fim de desenvolver um clima mental superior, que faculte o estabelecimento de um estado saudável.
Pergunta 06
Qual a função do DNA, nos casos de enfermidade, levando-se em conta as leis espirituais?
Joseph Gleber: O DNA, descoberto nos estudos de meus irmãos cientistas, veio, a bom tempo, confirmar as leis que regem a vida, descortinadas pela grandeza da Doutrina Espírita. Tratando-se de um ácido desoxidado com bases de nitrogênio, em modalidades que se manifestam como adenina, granina, timina e citosina, contém, igualmente, fósforo, sob a forma de ácido fosfórico. Essa base de nitrogênio se encontra, não somente na formação íntima das células orgânicas, mas, igualmente, na composição, por assim dizer, mais materializada das células astrais, que, nesse caso, podemos identificar nas moléculas do DNA e que funcionam como um programa cármico-biológico na execução dos registros da vida do espírito, que, no momento adequado, se revelam no corpo físico através da reencarnação. Na estrutura do DNA, vai-se gravando as atividades do Eu Profundo, ou do espírito imortal, naquilo que se destina a externar, em futuro veículo somático, sendo que esses registros são a determinante das etapas necessárias da saúde ou das enfermidades genéticas, conforme as conquistas ou deficiências adquiridas ao longo da caminhada evolutiva. As experiências gravadas diariamente nas estruturas sensíveis do DNA, se manifestam, mais tarde, em novas encarnações, conforme a intensidade e a constância dos desejos, emoções e pensamentos que aí são registrados pela lei do carma, que, através do DNA, se revela de forma inevitável e inflexível. Pelo estudo e compreensão da bioquímica e especificamente das pesquisas levadas a efeito, a respeito do DNA, meus irmãos poderão entender melhor o funcionamento da lei de ação e reação nos mecanismos da vida, pois cada ser humano plasma, diariamente, por efeito de suas vibrações de harmonia ou desarmonia, o código cifrado de todas as experiências de seu psiquismo, no corpo físico de que se utilizará em próxima reencarnação. Dessa forma, pode-se entender como os conceitos do Evangelho são uma fórmula científica de imprimir nesses núcleos genéticos, um programa mais equilibrado para as nossas experiências reencarnatórias. O Evangelho torna-se, assim, uma ciência de genética-molecular-espiritual, que nos favorece com formas de interferir na futura programação de nossas vidas.
Pergunta 07
Será esse conceito de holística, a respeito da vida e do universo, uma forma de aproximação da ciência com a realidade do espírito?
Joseph Gleber: Todo progresso que se verifica na atualidade, no campo das idéias, surge como esforço do plano superior para conduzir o homem terreno à mais ampla compreensão a respeito da vida. Certamente que o conceito desenvolvido de que a parte está intimamente relacionada com o todo, que todas as formas de vida são solidárias entre si e que a harmonia do conjunto é o resultado do equilíbrio dos indivíduos, é um conceito que vem, a seu tempo, corroborar o que a doutrina espiritualista tem falado ao longo do tempo. A amplitude das idéias irá se mostrando à medida que ao homem for sendo levantado o véu que lhe cobre os sentidos grosseiros e aproximando-se da dimensão espiritual, banir o orgulho que lhe domina o espírito imperfeito. Só assim logrará a ciência humana a identificação com os postulados da ciência divina.
Pergunta 08
Ao falar que a desordem não tem lugar no universo, como entender as misérias, os desequilíbrios e o estado caótico muitas vezes observado em várias situações da vida?
Joseph Gleber: Compreendamos o mecanismo da vida universal. Quando meus irmãos observam as diversas situações a que se referem, podem apenas visualizar o que se passa em sua proximidade sem, contudo, poderem ver o conjunto das circunstâncias que geraram o que se chama de desarmonia. A própria dor e sofrimento que se observam no mundo, são o resultado da lei de harmonia geral, atuando de forma a reconduzir a parte afetada à harmonia do conjunto. Existe, igualmente, o que se chama de sofrimento coletivo, resultado das mudanças sofridas pela constituição primitiva do Orbe terreno, como no caso de furacões, vulcões, tornados, terremotos, maremotos e outros casos em que a natureza se ressente ainda, devido à própria constituição íntima do globo e que causa, como é natural, vários transtornos à população do planeta. Isso, no entanto, já é previsto no grande esquema evolutivo da Terra, pois assim os espíritos que têm necessidade de passar por tais processos de despertamento, são conduzidos, através da reencarnação, a esses locais a fim de experimentarem o que já está determinado pela lei, visando à harmonia do próprio ser. O que acontece é que meus irmãos só analisam as coisas materiais e visíveis, sem observar o todo, que se constitui em outras dimensões e em outras vidas, que é a realidade do universo. Leiam Allan Kardec e entenderão de que falamos. Só o estudo das Leis Universais irá fazê-los entender o princípio de equilíbrio do qual falamos.
Pergunta 09
Esse retomo do homem para a harmonia da vida não se dá muito tardiamente, considerando a necessidade de harmonização com o conjunto?
Joseph Gleber: Novamente ignoram o que se passa nos planos da Suprema Consciência. Nada acontece, em qualquer parte do mundo, que não esteja, de antemão, previsto no grande esquema do universo. Dessa forma, podemos entender que tudo acontece dentro do tempo previsto pela divina vontade. Esse retorno de que falam, também já foi previsto no plano divino, ou meus irmãos pensam que algo pode acontecer sem que Deus o saiba de antecedência? Portanto, nada acontece atrasado, do ponto de vista universal. Dentro da visão humana, que é bem restrita, até poderá parecer que algo está demorando a acontecer, que alguma coisa fuja ao controle, mas mesmo as coisas consideradas insignificantes por meus irmãos são fatos consumados na mente eterna de Deus, que tudo sabe e orienta para o bem e felicidade de seus filhos.
Pergunta 10
Sendo o homem a causa do próprio ma! que ele vivencia, como eliminar esse ma! de sua intimidade, sendo que até hoje demonstra-se difícil a realização dessa tarefa, apesar de todas as fórmulas apresentadas por místicos e religiosos de todos os tempos?
Joseph Gleber: A maneira correta e prática de eliminar-se a causa do mal já foi apresentada pelo Mestre Divino e relembrada pelos Espíritos Sublimes que orientaram a Codificação Espírita especialmente na questão 919 de O Livro dos Espíritos, quando nos conduz ao autoconhecimento, a fim de modificarmos as disposições interiores. Mas, as propostas apresentadas ao longo do tempo da história humana, baseadas no ensinamento evangélico, só se tornaram difíceis por se considerar a vida do ponto de vista da unicidade da existência, pois, com a verdade reencarnacionista, entende-se que é através das várias experiências reencarnatórias é que se conseguirá o tão almejado propósito de aprendizado, de evolução e de renovação interior. As fórmulas falham quando nós esperamos resultados imediatos e forçados que venham ferir a própria capacidade do ser humano de autotransformação. Ainda aqui, é preciso que se entenda a proposta do Cristo, pois os seus seguidores de todos os tempos, que alcançaram a iluminação espiritual, não o conseguiram em apenas uma existência física, mas ao longo de outras etapas da vida, em muitas reencarnações. Um Francisco de Assis, uma Tereza D'Ávila, um Vicente de Paulo, não foram o produto de uma transformação brusca e imediata, mas o resultado de lutas e lutas íntimas, do trabalho constante de seus espíritos ao longo dos séculos de aprimoramento espiritual. É ainda necessário estudar Kardec para entender esse ensinamento.
Pergunta 11
Voltando à questão da ciência: existe algum método indicado pelos amigos espirituais para se manter em sintonia com o Alto, na tarefa da Medicina na Terra?
Joseph Gleber: A boa vontade e a eliminação do orgulho que domina meus irmãos, a fraternidade e a legítima disposição de agir em benefício do próximo, eis a melhor maneira de agir em sintoma conosco.
Pergunta 12
Na fluidificação das águas, muitos irmãos, no movimento espírita, falam que a água gelada não poderá reter os fluidos transmitidos pelos espíritos, razão pela qual aconselham que a água não poderá ser gelada para o trabalho de magnetização ou f1uidificação. O que o amigo espiritual nos diz a respeito?
Joseph Gleber: Ignorância das leis espirituais, falta de estudo dos médiuns, dos dirigentes e até dos espíritos que aconselham tais absurdos. O excesso de misticismo e desejo de parecer diferente e cheios de suposta sabedoria, faz com que se receitem coisas ridículas, que mais tarde se tornam em pedra de tropeço para eles próprios. Estudem mais a Codificação.
Pergunta 13
Na procura de receitas e curas mediúnicas, que tanta atenção têm chamado nos meios de comunicação atuais, qual deve ser o comportamento de médiuns e dirigentes quando as Pessoas vêm à casa espírita pedindo esse tipo de auxílio?
Joseph Gleber: Primeiramente, os médiuns devem se esclarecer a respeito da proposta da Doutrina Espírita, a fim de evitarem os equívocos observados em muitos casos como este. Depois, devem orientar àqueles que os procuram, no sentido de desmistificar o fenômeno mediúnico e apresentar o propósito dos Espíritos Superiores para a elevação moral do homem. A Doutrina Espírita deverá ser primeiramente compreendida pelos próprios espíritas, a fim de que possam orientar melhor aqueles que vêm às casas espíritas em busca de esclarecimento. Estudo das obras básicas da Codificação, de livros sérios e comprovadamente comprometidos com a causa espírita, sem os fantasmas do personalismo e misticismo que ameaçam dominar os arraiais espiritistas, manter a fidelidade a Kardec e a Jesus, é o necessário para o trabalhador da seara espírita estar apto a orientar a quem lhe procura o concurso.
Pergunta 14
Poderá o irmão nos esclarecer a respeito do que se denomina de luz coagulada?
Joseph Gleber: A luz sideral, presente em toda a criação, é elemento divino que está à disposição do espírito que se propõe ao aprendizado nos planos superiores da vida, visando as criações elevadas no compêndio da Ciência Universal. Essa luz astral de que falamos, possui peculiaridades que nos favorece a ação e criação através da força do pensamento, para moldarmos instrumentos de trabalho, recursos medicamentosos, criações luminosas e muitas outras formas, que são estruturadas com a própria luz cósmica, no maravilhoso fenômeno de ideoplastia, a fim de servir aos elevados propósitos a que nos propomos atingir. Na Terra, temos o impedimento das pesquisas e realizações devido à precariedade de recursos comuns ao mundo terreno. Mas, para os espíritos da esfera em que me encontro, os elementos da luz astral são trabalhados de forma a obedecer ao influxo de nosso pensamento, o que nos favorece as pesquisas e trabalhos, pois temos, à nossa disposição, o energismo divino que, se vistos no mundo físico; seriam considerados verdadeiros milagres, por escapar ao círculo do conhecimento do plano Terra.
Pergunta 15
Como podemos entender esse aprisionamento da partícula luminosa?
Joseph Gleber: Ainda foge ao conhecimento humano as possibilidades de que os espíritos superiores dispõem para fomentar o progresso e o auxílio a meus irmãos. Faltam elementos, no vocabulário de vocês, que possam traduzir o nosso pensamento a respeito do assunto e foge, igualmente, ao objetivo dessa obra, trazer fórmulas científicas ou métodos de trabalho que compliquem o pensamento de meus irmãos, por não estarem, ainda, preparados para tal. Basta saberem que, para nós, os espíritos, o pensamento é base de ação que desperta forças e possibilidades consideradas impossíveis para os cientistas e sábios da Terra. Eis o que, por enquanto, podemos dizer e que vocês têm condições de compreender.
Pergunta 16
Gostaríamos de saber por que certos espíritos continuam empregando termos como "arcanjos" e "anjos" ao se reportarem aos Espíritos Superiores, quando este termo é próprio da doutrina católica?
Joseph Gleber: Refere-se o companheiro ao fato de que nós empregamos este termo no presente livro. Para nós, pouco importa se algumas palavras sejam empregadas nesse ou naquele culto religioso. Os espíritos da esfera em que nos encontramos, já estamos além dessas manifestações de sectarismo religioso. O que importa é que o nosso pensamento seja entendido por vocês. Fica com vocês a briga pelos termos católicos, espíritas ou protestantes. Enquanto ficam preocupados com pequenas coisas sem importância, prosseguimos no estudo de questões mais relevantes.
Pergunta 17
A propósito do estudo do duplo etérico, gostaríamos de saber se existe alguma forma, de que possamos nos utilizar, para dissociar o duplo do corpo físico, para efeito de estudos e observações?
Joseph Gleber: Quando existe realmente o desejo de pesquisas sérias e estudos mais aprofundados, e não apenas a curiosidade destituída de objetivos reais, o passe magnético, primeiramente na região do córtex cerebral e depois ao longo do sistema nervoso central, poderá, se aplicado com certa intensidade e com alguma constância, provocar o afastamento do duplo etérico, o que deverá ser feito por pessoa realmente conhecedora e pesquisadora dos efeitos do magnetismo e das questões do espírito. O que acontece é que muitos aprendem algumas técnicas realmente eficazes, mas não sabem educar a sua vontade para direcionar o potencial magnético que pretendem empregar, e, nesse caso, desistem do tentame, por falharem os resultados. Em qualquer situação que se empregue a energia magnética, é necessário que se eduque a vontade em exercícios de ideoplastia, a fim de se obter os resultados desejados.
Pergunta 18
Quando se fala em memória, qual a sua localização na constituição espiritual; ou seja, a memória está localizada no perispírito ou no espírito?
Joseph Gleber: Este é um caso que exige raciocínio por parte de meus irmãos. Quando Allan Kardec usou o termo perispírito para identificar o corpo espiritual, ele englobou nessa definição o setenário das doutrinas espiritualistas e tornou esse conhecimento do domínio público - o que era, até então, ensinado apenas aos iniciados. Quanto à localização da memória, podemos dizer que ela se localiza no perispírito, pois em se tratando do espírito imortal, como consciência eterna, vocês não conseguem entendê-lo ainda sem o envoltório do perispírito. Para efeito didático, podemos dizer que a memória é a lembrança de todas as coisas vividas pelo espírito e registradas nas células sensíveis do psicossoma. Logicamente que o registro de todos os fatos relacionados nas diversas etapas da vida do espírito estão gravados em sua intimidade, mas é por intermédio do perispírito que se dá tal registro, e que poderão estar localizados nas células sensíveis do corpo espiritual, como núcleos de manifestação emocional ou intelectual, conforme a intensidade do fato vivido e a importância dele para a ação da lei do carma. Isto merece ainda estudos mais aprofundados por parte de meus irmãos.
Pergunta 19
Como se dá o processo de armazenamento ou registro de nossas vivências?
Joseph Gleber: Toda ação realizada no mundo das manifestações físicas ou extra-físicas, se traduz como um quantum energético, de determinada vibração magnética, conforme a vivência do espírito. Os registros de cada experiência se manifestam como uma potência magnética, de acordo com a vibração peculiar ao ato praticado ou ao pensamento mantido pelo homem em cada fase de sua vida. Como a natureza corpo espiritual ou psicossoma é essencialmente magnética, revestindo-se de fluidos mais ou menos eterizados, conforme a elevação do espírito, qualquer impressão que lhe atinja as células sensíveis ou os campos de energias eletromagnéticas, ficam aí gravados de forma automática, como o som e a imagem ficam nas fitas de áudio e vídeo desenvolvidas por meus irmãos. Os componentes mais profundos ou mais intensos dessas vivências são imediatamente transferidos para as vibrações do corpo mental, ficando aí impressas até que as leis da vida proporcionem ao ser, a oportunidade de exteriorização desses registros na vida física ou extrafísica, de acordo com a necessidade evolutiva. O processo é automático.
Pergunta 20
Durante a vida, nós lidamos com impulsos provenientes de registros armazenados em outras encarnações, que se apresentam na forma de deficiências físicas ou psicológicas. É possível, quando estes registros são de natureza psíquica, desfazê-los, ou reprograma-los, pela terapia regressiva?
Joseph Gleber: A terapia regressiva, tal como vem sendo desenvolvida por profissionais sérios, não é nenhuma fada que possa resolver os problemas de meus irmãos, como a vara de condão..... das lembranças do espírito. Por mais que possa auxiliar em diversos casos, somente a própria ação do espírito, em novos posicionamentos ante a vida, é que poderá redirecionar o seu potencial para novas realizações em sua marcha evolutiva. O meu irmão fala em reprogramar, como se o espírito fosse um computador onde se pudesse apagar os registros impressos em sua memória. Isso é impossível, no caso do espírito, sendo necessário que se reeduque perante a vida na aquisição de novos valores. A reprogramação, a que se refere, só se torna possível quando é considerada a possibilidade de novas sementeiras, através da vivência dos princípios superiores da vida, como nos ensina o Evangelho. Dessa forma, sim, é possível imprimir novos registros na tela mental, de tal maneira a propiciar colheitas positivas, se assim o homem o decidir. A terapia regressiva poderá ser de grande benefício, mas somente a conscientização do indivíduo, a respeito de seu potencial íntimo, para a mudança desses padrões impressos em seu psiquismo, é que poderá solucionar o problema humano, quando realizar a viagem do autodescobrimento, implantando otimismo, amor, trabalhando em si mesmo para uma mudança radical dos padrões mentais ou psicológicos, que ainda o mantém prisioneiro das suas dificuldades. Qualquer terapia falha em seu tentame se o homem não quiser se modificar.
Pergunta 21
Diante dos problemas em que o homem vive submerso, geradores de diversos traumas e conflitos emocionais, qual é a visão dos companheiros espirituais a respeito da situação humana?
Joseph Gleber: O homem permanece ignorando a si mesmo. Ainda não se conscientizou do próprio potencial que carrega em sua intimidade. Por isso, vê-se prisioneiro dos fantasmas que povoam-lhe o mundo íntimo, causando-lhe diversos distúrbios, que hoje são analisados pela moderna psicologia devido, muitas vezes, às suas atitudes egocêntricas e que o fazem viver envolvido nas ilusões de uma existência atormentada. Ante os problemas vividos na atualidade, proliferam as personalidades neuróticas, com as fugas da realidade e as fobias injustificáveis, requerendo do indivíduo que descubra um novo caminho, a rota do Eu, o caminho interior, para que o homem se encontre, se reconheça e autoconheça, a fim de plenificar-se através da vivência superior e equacione suas dificuldades pela autodescoberta, quando então entrará de posse dos potenciais que jazem adormecidos em sua intimidade.
Pergunta 22
Qual é a proposta dos Espíritos para solucionar o problema do homem atual?
Joseph Gleber: A proposta é a terapia do amor que enriquece o ser, rompendo-lhe as barreiras dos conflitos íntimos e expandindo a sua consciência além das acanhadas fronteiras do personalismo e do egocentrismo.
Pergunta 23
Como devemos encarar as dificuldades que enfrentamos e que geram esses distúrbios tão comuns nos nossos dias?
Joseph Gleber: Qualquer dificuldade deve ser vista como um desafio para se atingir etapas mais amplas nas experiências da vida, pois é somente pela luta constante nos meios adversos que se chegará à maturidade psíquica ou emocional, obtendo o estado de saúde íntima que todos almejam.
Pergunta 24
Qual a maior contribuição da Doutrina Espírita para auxiliar as modernas terapias que ajudam o homem?
Joseph Gleber: A Doutrina Espírita traz a contribuição de seus postulados, ao demonstrar a imortalidade da alma, a reencarnação e a vida futura, enriquecendo os conceitos da psicologia moderna, da psiquiatria ou da própria ciência médica, com o que ensina a respeito do perispírito, duplo etérico, leis dos fluidos, de causa e efeito e seus desdobramentos na vida dos homens. Compete então aos profissionais da ciência abdicarem de seu orgulho inútil e desbravarem os conceitos espiritistas, a fim de não se perderem em meio ao emaranhado de idéias que se desenvolvem atualmente, sem conseguir atingir o objetivo profundo que está atestado na existência do espírito imortal.
Pergunta 25
Quanto aos tratamentos de cromo terapia, existe realmente alguma influência das cores no tratamento de doenças?
Joseph Gleber: Tudo no Universo vibra de acordo com energismo próprio. A cor já é uma vibração específica da luz, que em determinadas circunstâncias, incide sobre a retina causando a impressão apropriada a cada tonalidade cromática. É certo que certas vibrações, ao atingirem o energismo do corpo perispiritual, podem aumentar o fluxo energético, causando algumas reações que poderão ser transmitidas aos órgãos físicos, conforme a natureza da emissão, a intensidade e a qualidade. Isto posto, convém determinar até que ponto o simples emprego do raio luminoso poderá afetar, ou não, a saúde do homem. Não se justifica a idéia de que uma simples lâmpada colorida empregada aleatoriamente, possa curar determinada moléstia. Existem sim as influências vibratórias, que poderão ser até provocadas pela ação cromoterápica, quando esta é direcionada conforme critérios previamente estudados e cientificamente comprovados, mas, acima de tudo, é a mudança do padrão vibratório do indivíduo que poderá promover o bem estar íntimo que irá se manifestar no soma, no momento adequado. O que acontece é que companheiros, portadores de uma vontade de ajudar, ao lerem alguns livros considerados pelo público espiritualista, acabam por adotar o método de tratamento da cromoterapia, apenas com algumas noções elementares a respeito do assunto, e já querem colocar em prática dentro das casas espíritas, o que é lamentável. No Brasil, principalmente, ainda não se desenvolvem estudos de laboratório e com controle científico a respeito do assunto, deixando muito a desejar no tocante à prática cromoterápica. Deste lado da vida, é comumente empregada a vibração das cores em diversos tratamentos realizados no perispírito de companheiros necessitados, mas isto sobre a supervisão de elevados irmãos que já dominam a técnica e que possuem a experiência comprovada. Entre meus irmãos encarnados, tais práticas não passam ainda de tentativas isoladas de alguns, em acertar no que concerne ao uso da cromo terapia, faltando o controle e o critério científico a fim de bem orientar os meus irmãos.
Pergunta 26
Porventura os tratamentos realizados em algumas casas espíritas com a cromoterapia têm algum resultado comprovado?
Joseph Gleber: O meu irmão deseja uma resposta baseada no que os espíritas dizem e pensam, ou no que os Espíritos estão estudando?
Pergunta - De preferência baseada no que vocês, os Espíritos, observam em tais situações.
Joseph Gleber: Muitas curas realizadas nos trabalhos espíritas são devidas, ao mais das vezes, ao potencial de doação de ectoplasma de alguns médiuns, que são assessorados por espíritos conhecedores das dificuldades de meus irmãos, e não pelo emprego de determinadas lâmpadas coloridas ou outros artifícios que encobrem, muitas vezes, a incapacidade e o despreparo de dirigentes e médiuns para solucionar complicados ou simples problemas daqueles que vêm em busca do lenitivo para suas dores. Em alguns casos, por falta de conteúdo e força moral, muitos empregam uma série de recursos inúteis, com o objetivo de cobrir o que lhes falta de mais profundo, e acabam por encher a casa espírita de uma série de terapias, estranhas à realidade atual do centro espírita. Certamente que muitos casos do emprego de cores pela vibração mental, poderá beneficiar em alguns casos, mas que em muitos casos é a força magnética do médium, aliada à ação dos bons espíritos, que é mascarada pelo colorido, que realiza a tarefa abençoada de recuperação da saúde psicofísica de meus irmãos.
Pergunta 27
Então, não têm nenhum valor os trabalhos de cromo terapia realizados no centro espírita?
Joseph Gleber: Não falamos isso. Quando alguém se dispõe a servir, o Alto envia recursos para auxiliar os companheiros que se apresentam para o trabalho, ampliando-lhes as possibilidades conforme seja necessário. O que salientamos é a necessidade de se realizar mais estudos e pesquisas sérias e controladas a respeito desse assunto, pois o que se observa, em muitos casos, não todos felizmente, é uma certa tendência a modismos que periodicamente invadem certos centros espíritas, na falta de um posicionamento doutrinário coerente com os postulados espiríticos. Que cada um se dedique ao que sabe ou julga saber realizar, mas dizer que qualquer terapia empregada é compatível com o caráter da Doutrina, isto é aventurar-se muito.
Pergunta 28
Nos trabalhos de pintura mediúnica, dizem que os pintores realizam curas através das cores empregadas nas telas; o que diz o irmão?
Joseph Gleber: Ledo engano. Não basta que um espírito se manifeste através da pintura mediúnica para que ele seja conhecedor do energismo das cores. Para isso, é necessário que na espiritualidade seja um profundo pesquisador dessa área. Na maioria das vezes, o pintor desencarnado só conhece mesmo é da mistura das tintas e dos pincéis, sem ter a mínima noção de qualquer influência da cor. São pintores e não estudantes de cromosofia. O que vocês esperam deles? Existe sim um certo misticismo desenvolvido a respeito do assunto, por médiuns e dirigentes de reuniões mediúnicas que tentam transmitir a idéia de que certos espíritos, que por eles se manifestam, têm certos conhecimentos que nem eles reconhecem possuir. É o desejo humano de aparecer e de dizer que algo diferente acontece com a sua mediunidade. Aí mascaram-se de toda a sorte de artificialismos que enganam aqueles que não gostam de estudar e se comprazem nas explicações baratas e descabidas de médiuns e espíritos irresponsáveis.
Pergunta 29
Quer dizer então que nesses trabalhos de pintura, os artistas desencarnados não realizam outra coisa que não a demonstração de sua arte póstuma?
Joseph Gleber: O assunto é por demais complexo para que se esgote nessas páginas que trazemos aos meus irmãos. Mas, podemos afirmar que existem outras equipes com conhecimento especializado, que trabalham numa sessão mediúnica e que podem se utilizar de inúmeros recursos para o auxílio aos necessitados. Em muitos casos, os espíritos que se utilizam da mediunidade para demonstrar a sua sobrevivência após a desagregação celular, continuam com seus problemas sem solucionar e presos de dificuldades que trouxeram da vida física, que ainda não conseguiram se libertar, e mau grado às opiniões de alguns médiuns ou orientadores, eles necessitam desse trabalho que para lhes sirva como uma terapia, para externarem suas ânsias, dificuldades íntimas e angústias que ainda trazem impressos em seu psiquismo, mesmo após o descesso físico. Não são santos nem anjos, são apenas espíritos de seres humanos que têm suas limitações e, como muitos, precisam da caridade de médiuns abnegados, a fim de se exprimirem da forma que lhes convém, sem, contudo, deterem nenhum conhecimento específico ou força mágica que resolva os problemas de meus irmãos.
Pergunta 30
Nesse caso, como devemos ver os conselhos de alguns médiuns ou espíritos, que dizem que este ou aquele quadro, pintado pelos espíritos, deve ser colocado na parede para energizar o ambiente, e que são feitos para a cura de alguns companheiros?
Joseph Gleber: Se tal opinião partir de pessoa séria, altamente comprometida com as questões doutrinárias, podemos pensar que se trata de falta de estudo ou de orientação correta, pois muitos assim falam sem conhecimento fundo do assunto e para evitar inconvenientes, o que acaba sendo mais lamentável ainda. Outros falam assim, por excesso de misticismo, e por se deixarem conduzir por espíritos ignorantes e desconhecerem a lógica e o bom senso dos postulados espíritas. Em qualquer caso, é bom que estudem mais Kardec, pois apenas substituem os populares santinhos e altares da antiga igreja, por quadrinhos ou pinturas mediúnicas, que se colocadas na parede, dizem, trazem certos benefícios para os moradores. Continua sendo misticismo, só que muito mais sério, pois que compromete o caráter do espiritismo e da mediunidade.
A pintura, como qualquer outra expressão da mediunidade, é uma forma de demonstrar a sobrevivência do espírito, sua imortalidade e a influência dos espíritos no mundo corpóreo. Por isso mesmo, deve ser amparada em suas manifestações, sempre sob a orientação lógica e coerente da Doutrina Espírita.
Deixemos aos especialistas do além, as tarefas relativas à cura ou tratamento espiritual. Juntamente com a tarefa de pintura ou outra modalidade mediúnica, trabalham diversas equipes de espíritos, que no presente caso, podem ser aqueles que se comprometeram com a ciência médica espiritual e, no momento em que os artistas realizam sua atividade psicopictográfica, utilizam-se de elementos fluídicos fornecidos pelos companheiros encarnados e de várias outras partes da natureza, a fim de ministrarem o socorro necessário a quem dele precise.
O trabalho é por demais amplo, e como somos várias equipes espirituais, unimo-nos sob a orientação do Alto para atingirmos uma finalidade comum. Assim como nós não sabemos utilizar das tintas ou pincéis para realizar alguma demonstração artística, igualmente os artistas, em sua grande maioria, não têm noções a respeito de terapias alternativas que possam beneficiar meus irmãos.
Muitos são mais necessitados do que vocês. E, assim, cada equipe irá realizando a sua atividade, auxiliada por outras. A menos que o espírito tenha alguma experiência na área da ciência médica, qualquer indicação nesse sentido poderá ser questionada, o que é aconselhado pelo insigne Codificador da Doutrina, pois em questões espirituais não devemos aceitar informações sem base séria, ou sem pesquisa que satisfaça a razão e o bom senso.
Pergunta 31
Gostaríamos de saber a respeito do fluido cósmico, de que maneira ele penetra em nós e como ele veicula o pensamento humano?
Joseph Gleber: - No processo de absorção do fluido, ou éter, na filosofia hindu, o chacra coronário é detentor de imensas possibilidades, de que a Divina Sabedoria o dotou, para que pudesse abastecer a alma com o energismo, que garante os vários departamentos do corpo somático com a vitalidade que o mantém. Esse fluido divino, ao ser absorvido pelo coronário, é distribuído pelos outros fulcros energéticos, que polarizam essa energia, modificando-a conforme o órgão a que se destina na economia orgânica. O metabolismo do corpo somático, igualmente o transforma em fluido nervoso, elétrico, magnético ou vital, conforme seja distribuído e canalizado sob o comando da mente. Após passar pelo comando do espírito imortal que o transforma, via chacra coronário, flui então como matéria mental, energizando o córtex cerebral e sendo canalizada pelo sistema nervoso, que se encarrega de transmitir as ordens-pensamentos ou formas mentais para todo o corpo físico e, ao mesmo tempo, percorrendo os outros corpos energéticos da criatura humana. Esse fluido, agora transformado em fluido mental, é o responsável pela manutenção do divino magnetismo dos corpos superiores de manifestação da individualidade eterna.
Pergunta 32
Se o corpo físico é uma cópia do corpo espiritual ou perispírito, então o corpo espiritual seria uma cópia do corpo mental?
Joseph Gleber: O perispírito é o divino modelo pelo qual é plasmado o corpo somático, que se lhe ajusta à forma pré-existente, como numa fôrma. No entanto, o corpo mental se manifesta no plano em que se movimenta, mais ou menos semelhante à forma ovóide, sem ser apreciável aos sentidos humanos como semelhante ao corpo físico. O corpo mental preside ao modelo diretor, que é o perispírito. As células astrais desse corpo espiritual são organizadas de acordo com o padrão impresso na intimidade do campo mental, pelos Prepostos de Jesus, quando a mônada divina alcançou a iluminação pela razão, nos milênios que presidiram a evolução do homem, sob o divino impulso de Jesus.
Pergunta 33
Qual deve ser a preparação ideal para que o médium participe de uma reunião de tratamento espiritual?
Joseph Gleber: Isto depende do caráter da reunião. Quando se trata de trabalhar com ectoplasmia de maneira mais intensa, é aconselhável que os médiuns, além de se prepararem mentalmente, com pensamentos elevados, como se espera normalmente de cada um, seria bom que se abstivessem de relações sexuais, uso de condimentos e carnes em momentos que antecedesse à reunião. Mas o verdadeiro preparo, que supera todos os demais cuidados, ainda é o preparo moral, a elevação dos pensamentos e o desejo sincero de servir. Conforme a reunião ou o tipo de fluidos que serão manipulados, os mentores responsáveis irão dar a devida orientação, devendo cada um se comportar dentro do bom senso.
Pergunta 34
Por que normalmente aconselham que se deva abster-se de relações sexuais antes de tais reuniões?
Joseph Gleber: Ainda depende do caráter da reunião. Quando o homem se relaciona sexualmente, em se tratando de um relacionamento sadio e equilibrado, existe uma troca de energias que tendem a equilibrar o casal em suas emoções e sentimentos, mas igualmente ficam impressos na atmosfera psíquica de cada um, embora meus irmãos não percebam, muitas imagens mentais relativas ao ato praticado anteriormente. É como se os fluidos ou a aura do casal ficasse impregnada das imagens que criaram durante a realização do ato. Normalmente, não conhecemos quem, dentre meus irmãos, tenha condições de desfazer esses clichês mentais com sua própria vontade, pois são muito fortes tais imagens, devido a intensidade das energias movimentadas durante o relacionamento íntimo e que impregnam a atmosfera psíquica do indivíduo. Para se evitar interferências em reuniões que manipulam ectoplasma de forma mais abundante, e pela própria natureza desse ectoplasma, que é muito sensível aos pensamentos que são emitidos, procura-se orientar os participantes para que evitem algum ralacionamento durante algumas horas que antecedem a reunião, a fim de não influenciarem, mesmo que inconscientemente, o resultado da mesma, pois, em alguns casos, já tivemos dificuldades em manipular tais recursos para desfazer ou diluir as imagens impressas em torno de muitos companheiros, relativas às energias que trocaram durante o ato conjugal. Facilita muito para os manipuladores desencarnados quando há compreensão e cooperação por parte de meus irmãos. As nossas tarefas poderão transcorrer com mais facilidade se houver cooperação, mas, em caso contrário, não significa que não a realizemos, apenas que teremos que promover o saneamento da atmosfera mental daqueles que participam destas reuniões, o que poderá representar um desvio das energias que poderiam ser aproveitadas no tratamento de companheiros necessitados. As energias sexuais são muito intensas e na Terra não existe ainda quem possa trabalhar essas energias com o equilíbrio desejado e, considerando a força plasmadora do pensamento e a facilidade dos fluidos em se impregnarem pelos mesmos, poderão meus irmãos imaginar como ficam impregnados esses fluidos com as criações mentais, principalmente quando tais imagens são acompanhadas de emoções fortes, quais as que são vivenciadas durante o ato sexual.
Pergunta 35
O médium que ainda tem o hábito de fumar pode participar de reuniões mediúnicas ou de alguma mais específica, como as de tratamento espiritual?
Joseph Gleber: Acreditamos que, nesse caso, ele deve participar para que seja tratado, e não como alguém que possa ajudar na doação de fluidos. A nicotina e o alcatrão, além de danificarem a constituição sutil do duplo etérico, envenenam os fluidos vitais do médium, dessa forma, tornando-o nocivo para o trabalho de doação desses mesmos fluidos. Nesse caso, o médium igualmente se torna um veículo utilizado por entidades viciosas que se utilizam de suas emanações para atenderem ao seus hábitos de fumantes dos quais ainda não se desvincularam, mesmo após o desencarne. O fluido de um médium que fuma é tão prejudicial ao ambiente espiritual que consegue envenenar as energias manipuladas no local, exigindo das equipes que trabalham na reunião um esforço maior a fim de isolá-lo do ambiente para que não prejudique outros que ali comparecem para receberem as transfusões fluídicas. Além disso, poderão os irmãos imaginar como alguém que ainda não se dominou a ponto de abrigar um vício tão daninho, possa manipular fluidos e forças que não vê e cuja ação requer a vontade firme e a disciplina? Certamente não ignoram os danos causados pelo vício do fumo, não só na organização física como na espiritual. Por isso mesmo, aquele médium que dele se utilize, deverá primeiramente se dominar, libertando-se de seu domínio e dedicando-se a outras tarefas que possam auxiliá-lo a se livrar do domínio da viciação infeliz. É apenas uma questão de bom senso.
Pergunta 36
Como os Espíritos Superiores vêem o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, ainda que "socialmente", que alguns médiuns e trabalhadores possuem?
Joseph Gleber: Como desculpa para continuarem alimentado o vício, embora em doses menores, quando realmente assim procedem, pois em sua maioria, dizem beber apenas socialmente e continuam dando seus tragos escondidos dos irmãos encarnados, ou inventam um lamentável desculpismo pretensamente evangélico para continuarem com o vício disfarçado de compromisso social. Como disse conhecido amigo espiritual, são copos vivos de outros espíritos que deles se utilizam para socialmente manterem seus vícios. Embora possa parecer radicalismo de nossa parte, não conseguimos entender onde se encontra o ponto de afinidade entre o copo de água fluidificada ingerida na casa espírita e o copo de cerveja espumante e cheia de larvas e parasitas astrais que alguns confrades ingerem, na ilusão a que se entregam. Gostaríamos que os companheiros pudessem ver a constituição astral dessas bebidas que lhe parecem saborosas e mesmo que visualizassem a própria estrutura perispiritual após a ingestão das famosas bebidas sociais e, por certo, teriam náuseas e vomitariam após o observado.
Pergunta 37
Qual o efeito da bebida alcoólica, da cerveja, por exemplo, nos médiuns que têm tarefa específica na área da mediunidade, como nas reuniões de desobsessão ou tratamento espiritual?
Joseph Gleber: Não falemos apenas daqueles que desempenham tarefa mediúnica, mas de qualquer que se utilize dessas bebidas "saborosas", como se lhe chamam. O próprio processo de preparo dessas bebidas favorece a proliferação de larvas astrais e bactérias, que mais tarde invadem a estrutura perispiritual do indivíduo, após a sua ingestão. Depois, tais bactérias e larvas são transferi das para as correntes fluídicas do duplo etérico, aumentando assim o teor nocivo muitas vezes já existente, devido à falta de preparo moral tão comum aos habitantes da Terra. Para o médium, no entanto, isso é extremamente nocivo devido à sua sensibilidade e à necessidade de doação dessas energias para suprir as deficiências de outros. No processo do passe comum, ou do passe magnético, transmite o médium a sua própria energia, contaminada e tóxica, para aquele que ele considera doente, e que pode estar muito melhor do que ele, pelo menos antes de receber a carga energética e os fluidos contaminados, que lhe seriam transmitidos caso os espíritos não interviessem. Por aí poderão os companheiros imaginar como não deve ser em outros casos, principalmente no intercâmbio mediúnico com entidades vampirizadoras ou doentes, que encontram nesses médiuns um motivo maior para continuarem na situação em que se encontram, pois, se aquele que pretende ser medianeiro do bem está nessa condições, como pretender que eles, os espíritos, se modifiquem? Como entender um dirigente de reunião mediúnica que se entregue ao hábito nocivo do fumo e do álcool, falando para um espírito se modificar, dominar suas más tendências ou tentar aplicar um passe em alguém, conservando em si a marca tóxica do vício e as larvas e parasitas, que atestam que ele as alimenta pelo copo espumante ou pelo cigarro mal-cheiroso?
Pergunta 38
Qual o tipo de terapia mais aconselhada para se utilizar na casa espírita, a fim de auxiliar àqueles que nos procuram o concurso?
Joseph Gleber: Embora respeitemos as diversas orientações que têm sido transmitidas nas casas espíritas atualmente, e embora os modismos de terapias alternativas, que invadiram a seara espiritista devido à caça de novidades de dirigentes, médiuns e trabalhadores, acreditamos que a água fluidificada, os passes magnéticos e os passes mistos ainda são a melhor maneira de transmissão dos recursos espirituais, porque guardam em si a simplicidade e a chancela dos bons espíritos, desde a época em que o iluminado Codificador trouxe ao mundo as luzes do Consolador. Embora muitos companheiros queiram inovar, com idéias e equipamentos diferentes, com luzes, cores, salas especiais ou receitas esquisitas, a segurança e a simplicidade dos métodos espíritas ainda não foram superados. O passe magnético, muito utilizado nos primórdios do movimento espírita, permanece quase esquecido e raríssimas casas conhecem-lhe os benefícios, ou mesmo sabem que o mesmo existe. Por que, então, não explorar aquilo que temos, com a simplicidade que caracteriza os trabalhos espíritas? Eis um desafio para os meus irmãos.
Pergunta 39
O corpo mental possui órgãos?
Joseph Gleber: O corpo mental tem a forma ovóide e não possui órgãos, como o perispírito ou o corpo físico, sendo que ele é a fonte sublime de todo o energismo que orienta as manifestações no mundo das formas. O corpo mental existe e atua em dimensão diferente em que se expressa os outros corpos, considerados inferiores, por isso ele pertence ao mundo das causas, e não à esfera onde se expressa à forma.
Pergunta 40
O corpo mental pode ser dissociado do perispírito, como este pode ser, do corpo físico, para efeito de estudos?
Joseph Gleber: O corpo mental só pode se deslocar dos limites magnéticos do corpo perispiritual naqueles que alcançaram determinada evolução consciencial, pois que nem todos ao menos têm consciência de sua existência ou dos mecanismos através dos quais se manifesta. Os profetas antigos, alguns iniciados e médiuns encarnados têm conseguido, em determinadas condições, projetar-se mentalmente a outras dimensões ou planos existenciais onde possam se movimentar em corpo mental, livres de quaisquer limitações da forma, num plano de idéias e pensamentos abstratos ou concretos, mas sob o domínio do corpo mental. O desencarnado, quando alcança certo esclarecimento, ou quando necessite de aprendizado em planos superiores ao que se encontra, muitas vezes é desdobrado em corpo mental, deixando o seu perispírito e projetando-se além, em outros campos vibratórios, retomando-o depois, como acontece com meus irmãos durante o sono físico e após, ao retomar o veículo denso da carne. Outros casos existem, mas que fogem ao objetivo da obra e não atende à necessidade da pergunta de meus irmãos.
Pergunta 41
Como os espíritos transportam certos recursos medicamentosos de outros orbes para a Terra, a fim de auxiliar no tratamento de enfermidades?
Joseph Gleber: Estudem o Livro dos Médiuns e lá encontrarão o que o Codificador trouxe a respeito. O processo é o mesmo que lá está descrito.
Pergunta 42
Qual o futuro da Medicina em nosso planeta?
Joseph Gleber: As bases da Medicina do futuro já foram estabelecidas pelo Médico das Almas, há quase dois mil anos, quando trouxe para a humanidade os ideais de amor e fraternidade que, no futuro, guiarão os meus irmãos em suas atividades no convívio com o próximo. A terapia do amor será a forma ideal de estabelecer o equilíbrio das almas em evolução no planeta terreno, e o amor será a norma ética de comportamento para os profissionais de todas as áreas que continuarem seu trabalho na Terra renovada.
Pergunta 43
Todos os problemas de neuroses e psicoses são processos obsessivos?
Joseph Gleber: A obsessão nem sempre significa a atuação de outra inteligência ou espírito para prejudicar alguém, mas pode igualmente significar a insistência de uma pessoa em manter-se no mesmo padrão mental, em idéia fixa, que forma o circuito fechado das auto-obsessões. Encarando-se dessa forma, os problemas psicológicos podem ser o resultado tanto da ação perniciosa de certos espíritos que envolvem o homem com suas idéias e energias, como do próprio resultado das experiências vivenciadas por alguém no passado recente ou remoto e que se refletem como distúrbios, neuroses, psicoses e outros desequilíbrios, reclamando a assistência psicológica e espiritual, a fim de encontrar a melhor solução para a problemática de meus irmãos.
Pergunta 44
O que pensa o companheiro espiritual a respeito de Freud e sua contribuição para solucionar os problemas da humanidade?
Joseph Gleber: Segundo os registros do Plano Espiritual, Freud, juntamente com Jung e Pavlov, foi sacerdote do Antigo Egito, na época de Mernephtah, e iniciado em muitos segredos da mente e nas várias leis da natureza já estudadas, naquela época, pelo colegiado dos sacerdotes. Porém, utilizaram maio conhecimento que tinham para o temor de povos escravizados, em quem realizavam experiências delicadas para a comprovação de suas teorias.
Retornando novamente ao palco da vida terrena, depois de várias experiências reencarnatórias, foram realmente grandes missionários da ciência. Sigmund Freud, ao observar os distúrbios mentais de várias pessoas, as neuroses e psicoses, a neurastenia, e demais casos com os quais se deparou, ante a sua visão mais profunda do psiquismo humano, cogitou que esses problemas complexos estavam como que alojados na profun didade da mente, nas regiões desconhecidas do psiquismo, procurando encontrar aí as causas de diversas doenças que caracterizam o mundo íntimo de muitas pessoas, trazendo para a ciência moderna os conceitos da consciência profunda, da subconsciência e das regiões da consciência atual, que deram nascimento à moderna psicanálise, faltando-lhe, no entanto, o conceito reencarnacionista que, aos poucos, está adentrando os portais do templo das ciências da mente, inspiradas no plano espiritual pela ação desses trabalhadores incansáveis, que continuam com a tarefa de desfazer da mente do homem aquilo que no passado semearam, gerando problemas seculares, que só encontram o equacionamento na grande viagem que o homem é convidado a realizar para dentro de si mesmo, através do autodescobrimento. A psicanálise e a psiquiatria não conseguiram fazer mais progressos por se manterem afastadas da realidade espiritual, o que, no futuro, será igualmente integrada aos seus métodos de trabalho, inspirados pelo espírito de Freud e Jung que continuam operantes deste lado da vida, trabalhando agora em novos conceitos que trarão para o compêndio das ciências da mente, em momento oportuno, quando reencarnarem, para dar prosseguimento à tarefa que iniciaram.
Pergunta 45
Por que motivo espíritos que desencarnaram na Alemanha, como o irmão, preferiram trabalhar no Brasil a favor da humanidade, e não continuam sua tarefa no mesmo país onde viveram sua última encarnação?
Joseph Gleber: Os espíritos que escolheram trabalhar no Brasil não abandonaram aqueles que ficaram reencarnados na pátria onde viveram sua última experiência física. Acontece que, deste lado da vida, pelo menos para os espíritos de minha esfera, não temos as barreiras geográficas, que demarcam os continentes e países da Terra. Por isso, não nos importa a latitude geográfica em que estivermos para a realização da tarefa que nos foi confiada pelo Alto. No entanto, espíritos experimentados em diversas reencarnações, em várias partes do planeta, reencarnaram-se no Brasil, trazendo na alma as experiências espirituais que fazem do povo brasileiro um povo mais fraterno e mais experiente nas questões espirituais, facilitando para nós a sementeira do bem imortal, por encontrarmos, nessas almas, o terreno íntimo adequado para que possamos trabalhar. Isso não faz do Brasil um país privilegiado, mas o faz mais responsável ante as outras nações da Terra, devido ao crédito de confiança que o Alto depositou nas mãos do povo brasileiro.
Pergunta 46
Nas reuniões de materialização, só espíritos inferiores é que trabalham?
Joseph Gleber: Se assim fosse, o que seria do Espiritismo atualmente, pois que essas reuniões eram mais freqüentes no início do movimento?
Pergunta 47
Sabemos de alguns casos de receituário mediúnico em que os medicamentos receitados costumam ser os mesmos, embora as pessoas sejam portadoras de enfermidades diferentes. O que o irmão no diz a respeito?
Joseph Gleber: Muitas vezes vemos a lamentável atitude de médiuns, apoiados pela irresponsabilidade de dirigentes, em decorar nomes de medicamentos para depois indicarem por pseudo-espíritos-guias, num declarado trabalho de mistificação. Poderá, ainda, acontecer de o espírito receitista não entender mais que o médium a respeito de medicamento ou qualquer outro assunto que envolva a saúde de meus irmãos. As causas poderão ser as mais variadas possíveis. No entanto, convém observar ainda que a Doutrina Espírita não visa à cura física das pessoas, mas ao aperfeiçoamento íntimo das criaturas, sob o patrocínio do conhecimento do Si pela descoberta interior. Em todos os casos, é necessário que médiuns ou mesmo certos espíritos que pretendem ser orientadores, se dediquem mais ao estudo das obras da Codificação, a fim de compreenderem mais a respeito do caráter da Doutrina e dos objetivos dos Espíritos Superiores. O estudo constante abrigará meus irmãos de possíveis erros semelhantes.
Pergunta 48
Há sempre a necessidade de encaminhar companheiros que buscam a orientação espiritual para o receituário mediúnico, como observamos em algumas casas espíritas?
Joseph Gleber: Vocês têm excelentes ensinamentos doutrinários impressos nos livros que compõem o pentateuco espírita, e mesmo em outros títulos de valores inquestionáveis, que podem ser fonte de consulta por parte de meus irmãos, não necessitando encaminhar os mais simples problemas, que vocês já sabem como resolver, para a apreciação dos companheiros espirituais. Esta atitude reflete, o mais das vezes, o desejo de destacar-se por parte de certos médiuns e dirigentes, através do fenômeno mediúnico, que infelizmente está sendo deturpado em sua função divina, a favor de alguns costumes que têm sido adotados por certos companheiros em suas casas.
Pergunta 49
Como deve se processar o atendimento de pessoas doentes e problemáticas na casa espírita?
Joseph Gleber: Através de irmãos que possuam o mínimo de conhecimento da Doutrina e sejam esclarecidos quanto a determinadas dificuldades, a fim de não correrem o risco de complicarem ainda mais o quadro das dificuldades daqueles que procuram o concurso do centro espírita.
Pergunta 50
Como o magnetismo atua na composição química da água, quando esta é magnetizada por um médium?
Joseph Gleber: O magnetismo é um fenômeno universal, que ao ser utilizado pelo magnetizador, em determinada intensidade, poderá promover a precipitação de ondas magnéticas na água, alterando suas estruturas moleculares, modificando a carga de átomos, aumentando os íons e alterando a velocidade e direção dos elétrons, fazendo com que aquele que recebe os benefícios da água magnetizada, receba igualmente maior intensidade energética através dos átomos de oxigênio encontrados na água. Quando a água é ingerida sob a ação do magnetismo curador, os fluidos vitais são acrescidos da vibração magnética específica, desobstruindo os canais por onde circulam o prana ou fluido divino, acelerando o fluxo dos fluidos vitalizantes que irrigam o organismo físico e o duplo etérico. O resultado é logo sentido no aumento vibratório da parte onde se encontram as carências magnéticas, acelerando igualmente o efeito de medicamentos que porventura os irmãos estejam se utilizando e a natural recuperação do enfermo. Mas esses recursos só são eficazes, à medida que aquele que recebe a energia magnética se dedique ao crescimento interior, pela reeducação dos impulsos da alma, mudança de vida e elevação moral, únicos meios que conhecemos para reter eficazmente, os recursos que são ministrados do Alto.
Pergunta 51
Muitos livros e autores espirituais falam da localização dos chacras no duplo etérico, enquanto outros os localizam no corpo astral. Qual a sua localização exata?
Joseph Gleber: Na verdade, o sistema de chacras é muito maior que o estudado por meus irmãos. A denominação de sete chacras corresponde aos chacras principais, que trabalham como transformadores da energia divina em vários níveis dimensionais. Considerando-se o conceito de dimensões ou de vibrações, podemos dizer que os chacras se localizam no duplo etérico, e que são os responsáveis pela assimilação e distribuição da energia vital que irriga as células do corpo físico. No entanto, sendo o duplo etérico uma duplicata do corpo físico, tendo sido a sua formação presidida pelas estruturas superiores do corpo perispirituaI, igualmente neste existe um sistema de chacras em dimensão ou vibração superior à do duplo, que, enraizando-se nele, transfere e processa os fluidos do plano superior, que contribuem para o equilíbrio íntimo do ser humano. O corpo perispiritual ou astral é a sede das emoções e os seus chacras se relacionam intimamente com o estado emocional da pessoa, enquanto os chacras etéricos, através das nadis, trabalham as energias astrais transformando-as em vitalidade e nas funções nervosas e glandulares, que facultam o estado de saúde física, conforme vocês denominam. Mudam os nomes, como chacras, centros de força e outros, mas o que importa, na verdade, são as suas funções.
Pergunta 52
O magnetismo empregado nos processos de cura, nos passes magnéticos, é da mesma natureza do magnetismo que se observa no ímãs e em outros materiais?
Joseph Gleber: No plano dos fluidos, ou dimensão astral, é comum a existência de matéria que vibra de forma mais intensa que no plano físico, e essa matéria astralina, podemos dizer, é basicamente fluída, diferente da matéria do plano físico e de caráter magnético, sendo facilmente moldável pela ação da mente, através do pensamento. A existência desse plano eletromagnético na natureza, poderá, no futuro, ser apreciada pela ciência, e seus mananciais utilizados em maior amplitude por meus irmãos cientistas e terapeutas. Obviamente, por ser constituído de fluidos que vibram em estados diferentes de existência, o magnetismo peculiar a essa matéria astral e utilizada nos processos de cura, após as transformações pelas quais passam, não é o mesmo magnetismo que atrai as limalhas de ferro, mas continua sendo uma força magnética, embora em outra escala vibratória, agindo em processo de sintonia em todas as manifestações da energia ou dos fluidos, quando canalizados para a saúde do ser humano, produzindo campos bioelétricos que ativam os chacras, o conjunto de plexos e todo o sistema circulatório do corpo físico. Essa propriedade do fluido magnético explica, também, a ação dos medicamentos homeopáticos e dos florais, na sua íntima relação com os corpos mais sutis.
Pergunta 53
Como se dá a atuação do prana ou energia cósmica, transformada em fluidos vitais, nos chacras e nos órgãos do corpo físico?
Joseph Gleber: Após ser absorvido pelo centro coronário, o fluido cósmico, ou prana, passa pela elaboração dos outros chacras, como o frontal e o cardíaco, sendo depois transmitidos a outros departamentos da vida biológica através dos canais que interligam os diversos fulcros energéticos. Nesse processo de transmissão do fluido primordial, criase uma irradiação eletromagnética em torno do sistema nervoso. Na região cerebral, a ação do prana é diretamente comandada pela glândula pineal que, após a sua elaboração, influi diretamente na delicada estrutura dos neurônios. A produção de endorfinas e peptídeos em geral são, a partir daí, ativadas pelo influxo do energismo do fluido cósmico, transmutado agora em força vital, produzindo as alterações bioelétricas e neuroquímicas nas células do sistema nervoso e dos diversos sistemas do corpo somático, sendo que a circulação dessa energia ou fluido nos corpos perispiritual e etérico promovem e mantêm a coesão e o equilíbrio físico-celular através da formação de um campo eletromagnético, que afeta intimamente os processos bioeletrônicos das células físicas. O estudo e a compreensão dessa ação do fluido cósmico e a sua transformação em fluido vital, com a conseqüente distribuição pelos vários sistemas e órgãos do corpo físico e dos seus moldes mais sutis, permitirão, no futuro, que a ciência, mais espiritualizada, possa detectar a ocorrência de patogenias e prever o desgaste orgânico ou celular, contribuindo para o diagnóstico e cura de muitas enfermidades ou desequilíbrios que guardam sua causa nos mecanismos de atuação dos fluidos vitais.
Pergunta 54
Poderia nos esclarecer quanto aos problemas psicológicos e como o Espiritismo pode ajudar na solução dos mesmos, não só para os indivíduos, como também para toda a humanidade?
Joseph Gleber: A humanidade está, aos poucos, adentrando um novo período, em que os valores do espírito serão mais compreendidos e em que a ciência humana se espiritualizará. Novos paradigmas são propostos aos pesquisadores e aos homens de ciência. As mentes se expandem rumo a novos horizontes e nasce uma nova espécie de ser, o homem espiritual, que se eleva ao cosmos e amplia as fronteiras de seu mundo para além das dimensões.
Muitos problemas de fundo emocional, e até mesmo outros, que se manifestam físicamente, podem guardar suas raízes em vivências passadas, quando o espírito, em experiências transatas infelizes, criou bloqueios psicológicos mais ou menos intensos, conforme a sua participação emocional em eventos que deram origem à distonia. Essas experiências, muitas vezes dolorosas, somam-se a outras, e aos poucos formam verdadeiros blocos ou cúmulos emocionais de energias, que passam a integrar o psiquismo da criatura. Ao aportar em nova encarnação, assumindo um corpo físico compatível com seu estado íntimo vibratório, essas energias ou experiências mal-resolvidas de seu passado espiritual, emergem do psiquismo como manifestações psicológicas indesejáveis, e que, às vezes, somatizam-se, nos diversos distúrbios que abalam a estrutura fisiológica, comprometendo o equilíbrio do ser.
Tais experiências deverão, com o tempo, ser tratadas com os modernos recursos da psicoterapia enquanto que, irrigados pelos ensinamentos atualíssimos do Evangelho, poderá o indivíduo retomar novamente o caminho do equilíbrio interior.
A causa dessas dificuldades encontra-se muitas vezes na falta de amor à própria vida, no desprezo aos valores reais ou numa visão distorcida dos mesmos valores, gerando no futuro, como no presente, estados enfermiços, que com o tempo poderão levar à depressão, melancolia e ansiedade, causando a infelicidade íntima, e quem sabe até o infeliz ato de suicídio, que poderá ser evitado com a terapia do amor.
O otimismo em todas as circunstâncias da vida, aliado à valorização das próprias experiências, da própria vida, poderá ser o recurso eficaz contra estes tipos de distonias íntimas.
Amar-se intimamente e intensamente, significa valorizar-se, dignificar a própria existência com atos iluminativos e uma vida nobre, que elevarão o padrão vibratório do psiquismo, propiciando a serenidade da alma.
Otimismo mesmo diante de circunstância que se julgue difíceis, requer uma compreensão das leis que regem as nossas vidas, da Providência Divina e da potencialidade de si mesmo.
A ciência espírita vem como contribuição para a humanidade, e sua mensagem renovadora atuará como bisturi, que irá aprofundar a investigação científica no organismo da alma, a fim de auxiliar o homem na descoberta do Si e na plenificação de sua vida.
Pergunta 55
Como se pode entender a ação dos remédios florais sobre a saúde, uma vez que, para nós da classe médica, não está explicada satisfatoriamente a atuação dos referidos medicamentos?
Joseph Gleber: Para responder ao meu irmão, utilizaremos do pensamento de iluminado espírito de nossa esfera, ao orientar determinado médium que o questionou a respeito, em outro país, e que reflete igualmente o conhecimento que temos do assunto.
O reino vegetal possui uma forma de energia que é a responsável pelo nascimento e crescimento dos seres desse reino. Essa energia ou força vital é absorvida de duas fontes básicas. A energia telúrica, que as raizes absorvem do magnetismo da Terra e a energia vital que é absorvida através das folhas e que, unidas àquela, promovem a evolução da vida que se manifesta na planta.
Assim como o homem possui um duplo de natureza etérica, as plantas também o possuem, e isto é de fácil observação por parte de meus irmãos, sendo esse duplo do plano eletromagnético, a verdadeira essência do reino vegetal.
Nas plantas, as flores são a parte mais sutil e evoluída, concentrando nelas todo o energismo do fluido vital. É a flor, geralmente, o órgão de mais fertilidade na planta, por concentrar nela a essência sublimada de toda a energia vegetal, sendo o máximo de expressão evolutiva nesse reino da natureza.
A energia eletromagnética e o fluido vitalizante são canalizados, por processos naturais, para o delicado tecido floral: as pétalas. Quando se realiza a preparação das essências, os raios solares filtrados através das pétalas, transmutam as energias etéricas das plantas e o alto padrão magnético encontrado nas flores, misturados com as propriedades da energia solar, que já trazem seu magnetismo próprio, combinando diversas reações a nível molecular, na constituição etérica do medicamento.
Ao serem ministrados às pessoas, o quantun energético das flores promove a interação das energias do soma e do duplo etérico, passando pela corrente sanguínea e atuando, logo em seguida, nas células nervosas, produzindo uma reação em cadeia que atinge os estados emocionais por intermédio dos chacras.
Após atingir o sistema de distribuição energética entre os diversos chacras, o fluido vital atua nos meridianos e destes é transferida a sua ação, de forma mais intensa, para as camadas mais materializadas do psicossoma ou perispírito, no fenômeno conhecido como repercussão vibratória. A ação do floral é totalmente magnética e etérica, e a resposta dessa atuação é o reestabelecimento emocional da pessoa, o que produz efeitos mais ou menos intensos conforme a vibração mento emotiva de cada um. Esse processo que descrevemos é realizado de forma rápida, embora a dificuldade de observação por parte de meus irmãos.
Dessa forma atuam os medicamentos, em bases vibracionais, elevando o padrão magnético de quem os utiliza, formando o clima emocional, energético ou psicológico necessários para o reestabelecimento da saúde.
Pergunta 56
Considerando-se o aspecto físico, onde se dá a maior atuação da força curativa do floral?
Joseph Gleber: Respondendo fisicamente ao meu irmão, identificamos as estruturas da glândula pineal, do sistema circulatório e do sistema nervoso central, como sendo as partes que mais efeito têm os medicamentos florais, embora essa atuação física seja o resultado das propriedades etéricas das essências das flores, que se constituem em imensos depósitos de fluido vital, captados do oceano inesgotável do fluido cósmico e magnético, processados na maravilhosa combinação realizada pelo quimismo energético da vida, que desafia as explicações físicas ou científicas daqueles que se julgam detentores da verdade.
Pergunta 57
Poderia o companheiro nos esclarecer quanto aos parasitas e larvas astrais?
Joseph Gleber: O parasita ou larva astral, é o resultado da criação mental mórbida de duração mais ou menos intensa, conforme a constância do pensamento desequilibrado ou ambiente que os mantém. Eles ficam mais diretamente localizados no corpo etérico e, às vezes, no próprio perispírito, embora em quantidades menores, envenenando as reservas de fluidos vitais do organismo. O parasita ... larva astral, não é uma enfermidade, mas pode produzi-la, por ser uma criação mental virulenta, podendo ser transmitido para o corpo físico conforme o clima psíquico alimentado pelo homem, criado pela mente invigilante.
Existem, igualmente, parasitas criados por inteligências sombrias, que conhecem as potencialidades da mente, embora as utilizem de forma questionável. Parasitas e larvas criadas pelo próprio homem em atitudes e padrões mentais inferiores e de certa constância, que plasmam nos fluidos de sua atmosfera individual essas formas astrais que absorvem a energia vital. Existem, também, aquelas larvas criadas e mantidas pela atitude mental coletiva e intensa, que se apresenta como uma nuvem de grandes proporções que escurece e intoxica a atmosfera espiritual ou psíquica de certos lugares ou comunidades, sendo absorvidas por aqueles que se encontram debilitados ou entram em sintonia com o mesmo padrão mental mórbido dessas substâncias criadas por mentes invigilantes e, muitas vezes, mantidas e ampliadas sob o influxo de inteligências desencarnadas viciosas, podendo manifestar-se no corpo físico como doenças infecciosas e agudas ou atuar nos diversos distúrbios dos fluidos do duplo etérico ou do perispírito, requerendo intensa ação magnética para eliminar seus efeitos sempre daninhos.
Pergunta 58
O companheiro poderia nos esclarecer quanto à utilidade do timo ou sua relação com a saúde do homem?
Joseph Gleber: A pergunta do irmão guarda uma curiosa causa, por tratar-se de assunto que já deveria ser do conhecimento médico, principalmente de médico que se diz espírita, como o irmão. No entanto, podemos dizer que, embora muitos homens de ciência não reconheçam a função do timo, após a adolescência física ele está profundamente relacionado ao chacra cardíaco, e responde pela força imunológica do organismo físico, o que, mais tarde, a ciência terrena poderá descortinar mais intensamente, conforme for adentrando nas questões de ordem mais ampla, numa nova visão do aparato fisiológico do homem.
Acreditava-se que a produção de linfócitos T, durante a infância, terminava após a puberdade e adolescência, perdendo a função física a que, segundo os cientistas, estava destinado o timo. No entanto, ele guarda estreitas ligações com o campo etérico, no que concerne às defesas imunológicas, mesmo que, aparentemente, ele não se desenvolva ou reduza sua função em determinada fase da vida física. Além das timosinas, hormônios que incrementam os linfócitos-T, o timo é c1cmento que transmite dos corpos sutis, a energia eficaz que combate a ação de vírus e bactérias, e é diretamente ligado à vibração do chacra cardíaco e aos estados emocionais. Isto será, mais tarde, objeto de pesquisa para meus irmãos, que poderão descobrir como o mau funcionamento do centro cardíaco, em sua íntima relação com o timo, poderá gerar a predisposição para algumas enfermidades que hoje desafiam o conhecimento médico. Quando se dá esse funcionamento desregular, pelo aumento exagerado da atividade do chacra básico e esplênico, promovendo o caos orgânico, desprendem vitalidade de maneira desordenada e sugam as energias etéricas do timo. Este estudo deve ser realizado de maneira a se compreender o funcionamento da fisiologia etérica ou sutil do ser humano. Aí, então, essa função será melhor compreendida.
Pergunta 59
Como entender o conceito dos meridianos, tão falados pela medicina chinesa?
Joseph Gleber: O sistema de meridianos representa o molde original da ramificação das células nervosas, em sua parte etérica, como uma delicada rede de filamentos que se encontram estruturados no duplo, representando, esses meridianos, um sistema de abastecimento vital para o corpo físico, achando-se intimamente relacionados com os chacras e o próprio sistema circulatório, sendo a sua importância bem maior do que meus irmãos imaginam presentemente.
Pergunta 60
Qual a função dos chacras, em relação à saúde do homem?
Joseph Gleber: Os chacras são transformadores de toda a energia que o ser humano recebe para o seu equilíbrio biopsíquico. O seu íntimo relacionamento com o sistema nervoso fa-las responsáveis pelas ligações ou impulsos que envolvem os nervos do cérebro humano, além de sua atuação nas glândulas endócrinas e na produção hormonal.
Pergunta 61
Quando o irmão falou dos chacras, disse algo a respeito das nadis; isto é pouco conhecido nos meios espíritas e, na verdade, nós mesmos nunca ouvimos falar a respeito.
Joseph Gleber: Falta a vocês o espírito de pesquisa, que os libertarão dos limites estreitos do sectarismo religioso e filosófico que, atualmente, se observa em muitos do movimento espírita, e que os faz perder oportunidades de acrescentar algo ao acanhado conhecimento que possuem.
O termo nadis foi criado originalmente pelos hindus e, no momento, não encontramos motivos para não utilizar esse mesmo nome ao nos referirmos a determinada parte da fisiologia espiritual.
Considerando-se a parte etérica do ser humano, em um sistema paralelo ao sistema nervoso, existe uma rede de energia que mantém a ligação dos diversos chacras com os plexos e células nervosas. Na verdade, o sistema nervoso no corpo humano é a materialização dessa rede invisível que é composta nos fluidos etéricos ou na corrente eletromagnética do corpo espiritual. A ciência humana, e muitíssimos estudiosos da ciência espiritual, ainda ignoram a existência desse delicado sistema circulatório da energia eletromagnética que ativa os nervos e que, muitas vezes, é responsável, quando obstruido, por inúmeras enfermidades ou distúrbios nervosos de difícil solução nos quadros da medicina convencional, requerendo uma ação magnética a fim de restabelecer o equilíbrio afetado. É algo parecido com o que os nossos irmãos chineses falam a respeito dos meridianos. O termo é apenas empregado visando não complicar com vocabulários novos que venham dificultar o entendimento de meus irmãos. Para nós, as palavras pouco importam.
Pergunta 62
O que o companheiro pode nos dizer a respeito do poder da mente para combater os males do corpo?
Joseph Gleber: A mente é a base de tudo. Mas convém não inventar formulas mágicas que possam complicar ainda mais o pensamento de meus irmãos.
Em estudos mais aprofundados, poderão observar que a mente possui poder de plasmar aquilo que pensa, de acordo com a intensidade e a força da vontade que gerou. Baseado nisso, é lógico raciocinar que mantendo um padrão mental superior, alimentando a mente com pensamentos elevados, de saúde, de equilíbrio, de otimismo e segurança, naturalmente as forças psíquicas irão moldar o estado compatível com a qualidade do pensamento que abriga, entendendo, no entanto, que a mente não é nenhuma caixa de Pandora, de onde se tira constantemente soluções mirabolantes para males que muitas vezes guardam sua gênese em vivências passadas. Tudo deve ser visto com equilíbrio.
Pergunta 63
Gostaríamos de perguntar ao companheiro a respeito das chamadas correntes, que são formadas para dar apoio aos médiuns passistas em seu trabalho de doação, bem como a respeito da utilização de certas técnicas de transmissão do passe. Poderia nos esclarecer a respeito?
Joseph Gleber: A condição essencial, que é exigida de meus irmãos para a tarefa de transmissão de energias vitais para outros companheiros necessitados, é o preparo moral e a atitude mental equilibrada, bases sobre as quais se estabelece o clima de troca fluídica de nível superior. Considerando-se, no entanto, algumas modalidades do passe magnético, notamos que meus irmãos têm dificuldades na transmissão dos recursos vitais, por não estarem preparados o suficiente para atuarem a nível elevado, sem as interferências dos estados emocionais, íntimos ou mesmo externos. Em casos semelhantes, e quando se manipulam fluidos ectoplásmicos mais intensos, é perfeitamente compreensível a formação das correntes de médiuns, na sustentação dos recursos anímicos, favorecendo o doador ou manipulador de tais recursos.
Quanto à utilização de técnicas na transmissão de fluidos revitalizantes, basta estudar as páginas do Evangelho e veremos como o próprio Mestre se utilizou de algumas técnicas, apesar de etendermos que Ele não precisava de tais recursos, por dominar amplamente os fluidos pelo seu poder mental e força moral, mas igualmente nos ensinava pelo exemplo, a nós, que ainda não possuímos os predicados morais suficientes, que, se aliarmos à técnica o amor, teremos imensas possibilidades à nossa disposição.
Pergunta 64
Gostaríamos de saber algo a respeito de algumas mensagens contidas na primeira parte desse livro. Parece-nos haver visto algo semelhante em outras obras. Poderia esclarecer-nos?
Joseph Gleber: Não sejam meus irmãos tão pretensiosos ao ponto de julgarem que estamos ditando alguma revelação ou novidade para vocês. Nem mesmo estamos utilizando apenas este médium, que no caso, é apenas mais um médium que se afiniza conosco. Muitas mensagens, que ora ditamos através dele, já foram ventiladas por nossa equipe espiritual, com palavras e conteúdo semelhantes, através da intuição ou outra forma de manifestação mediúnica, mas que foram captadas e organizadas conforme a necessidade que se fez em época apropriada. Nada é exatamente novo. E mais ainda, nunca tivemos a intenção de utilizarmos apenas de um médium para falarmos a mesma verdade. Não damos certificado de propriedade a nenhum médium. Portanto é muito comum que meus irmãos encontrem referências semelhantes às que fazemos, em outros locais, através de outros médiuns e quem sabe através de outros espíritos. Essa a grandeza da revelação espírita, a universalidade do conhecimento trazido pelos desencarnados, em locais ou épocas diferentes e através de pessoas diferentes, falando a mesma verdade e com palavras até mesmo semelhantes, mas que possam refletir o nosso pensamento. Naturalmente encontramos alguma dificuldade através desse médium, no que concerne a alguns temas desenvolvidos, mesmo que ele seja mecânico, conforme a definição espírita; no entanto, nos esforçamos para que essas dificuldades não interfiram no conteúdo da obra. Se essas mensagens ajudarem a uma única pessoa, já estaremos satisfeitos quanto aos resultados.
Fim.